terça-feira, 16 de julho de 2013

"Longe de casa, há mais de uma semana..."

Pois é... nesse mesmo horário, na última terça-feira, estávamos nos acomodando em Petrolina para o nosso primeiro pernoite. De lá pra cá já vivemos tanta coisa! E o dia hoje foi mais que especial. Conhecemos um lugar lindo, a Fundação Inhotim, já ouviram falar??



Inhotim é o maior museu de arte contemporânea a céu aberto do mundo. Fica em Brumadinho, a cerca de 60km de BH. Mas parece um outro mundo. A paisagem é incrível, indescritível, inesquecível, e todos os "íveis" que se possa pensar. Pena que um dia é pouco pra conhecer tudo.

Por lá podemos ver instalações louquíssimas, verdadeiras viagens de seus autores. Algumas estão soltas, no meio do verde, interagindo completamente com a natureza. Outras, são colocadas em galerias (existem várias por aqui). O negócio é se permitir e embarcar nessa viagem. E isso pode ser uma delícia!





Escultura "O homem tartaruga", do chinês Zhang Huan
Alguns lagos têm um verde impressionante. E estrategicamente posicionados, existem bancos feitos com imensos troncos de árvores (que depois soubemos que foram apreendidas em operações de combate ao desmatamento).

Meu companheiro topa-tudo. Amo!



Conhecer Inhotim requer disposição pra andar muito. Você tem a opção de pagar R$20 por pessoa e pegar carona nuns carrinhos de golfe que circulam pelo parque, mas que não chegam a todos os espaços. Entre um pouco e outro é preciso caminhar, subir, descer... Ainda bem que o clima e o visual ajudam muito.
Sem brincadeira, meu povo. Pra onde você olha é bonito. E é muito interessante observar as instalações, tentando descobrir o que o artista tava pensando na hora de conceber aquela obra. Aliás, o Jaime Neto tirou isso de letra!




Instalação de Hélio Oiticica. Você entra na sala e encontra várias redes armadas.
No som, rola Jimi Hendrix. Nas paredes algumas projeções de fotos do cantor. Viagem total!


A santa ajuda dos carrinhos de golfe, que dão uma forcinha no deslocamento. 

Liberdade é isso! Rolando na grama!
 
 
  
Matando a fome que tava matando a gente!
 
Escutando o "som da terra", instalação de Doug Aitken
 


Viram quanta coisa linda?? Pro dia não ter sido completo, faltaram papai e mamãe, que ficaram descansando mais um dia. Amanhã cedo voltamos pra estrada, pra segunda etapa da viagem. Ainda temos muitas paisagens a desbravar por essas Minas Gerais. Continuem acompanhando!

BASTIDORES:

- Tivemos sorte e ao mesmo tempo azar em escolher a terça-feira pra visitar a Fundação Inhotim. A terça é justamente o dia da entrada gratuita. Ótimo, né? É! Economizamos R$28 cada um. Porém, em pleno mês de férias, e de graça, o parque tava lotado! Muitas galerias tinham filas e em algumas instalações, onde era preciso mais silêncio para apreciação, a visita ficou comprometida. O tal barato que sai caro...

-Chegar a Inhotim é dureza! Ainda bem que vale à pena. Mas vou te contar: além do sufoco pra sair de Belo Horizonte (um canteiro de obras, como todas as tais cidades-sedes), você encara o trânsito da BR (a tal Fernão Dias, que a gente tanto vê no jornal com seus inúmeros acidentes) e ainda uma estradinha sinuosa até Brumadinho. Chegando em Brumadinho, você encontra um trânsito chatinho dentro da cidade, com ruas estreitas, muitos caminhões. Assim, o percurso de pouco mais de 60km nos toma quase 2 horas. Tempo que a gente podia aproveitar melhor no próprio Inhotim. Uma pena!

- O caminho até Brumadinho cruza as cidades de Contagem e Betim. Ficamos impressionados com a camada de poluição que fica nítida no céu. Um negócio sufocante. Outra pena!

Mancha cinza da poluição no céu de Contagem/MG
- Tá começando a rolar um stress com os adolescentes. Detalhes só quando o negócio engrossar.