sábado, 13 de julho de 2013

Enfim, em BH!

Estamos em Belo Horizonte, revivendo histórias e reencontrando pessoas muito queridas. Nossa relação com essa cidade é antiga. Durante anos viemos, por conta do trabalho do papai no Banco do Nordeste, passar temporadas em "Belzonte", onde construímos relações familiares e fizemos muitos amigos. As viagens para cá também eram feitas de carro, com papai na direção e, depois do Jaime Neto maior, revezando com eles alguns trechos. Sem as tecnologias de hoje, nosso passatempo na estrada era cantar, mangar das frases nos paralamas dos caminhões, olhas as paisagens. Mas foram experiências inesquecíveis.

Passaram-se 23 anos desde a última vez que estive aqui. Voltar com meus pais, a família do meu irmão, e com a "minha" família é uma emoção e tanto. Estamos hospedados na casa da Bia, e ao chegar aqui recebi o abraço mais gostoso dos últimos anos, da Gó, figura marcante da minha infância/adolescência. E o carinho com que ela recebeu o Xuxu e meus meninos foi lindo.

Outra emoção do dia foi receber minha Maria Clara, que a partir de agora faz parte do nosso grupo nessa grande viagem. Chegamos do aeroporto agora há pouco. Podemos dizer que hoje fomos aos Confins e voltamos. Ô aeroporto longe, meu Deus!

O Domingo vai ser de mais emoção. Amanhã vamos reencontrar a tia Hyla, a Leninha, a Lucinha e um tanto de gente querida, que a gente ama como se fosse de sangue.




Em busca de um Belo Horizonte...


Rumo à capital...


Deixamos Serro já perto de meio dia. A cidade faz parte da Estrada Real, e por isso cogitamos a possibilidade de seguir até Belo Horizonte por ela, passando por Conceição do Mato Dentro. Seriam quase 200km de estrada de terra, e nem mesmo os moradores da região garantiam o bom estado da via. Com menos de meio tanque de gasolina, decidimos pegar a BR mesmo, e assim evitar qualquer transtorno.

Estrada em Gouveia/MG

E lá fomos nós, refazendo parte do mesmo percurso que tínhamos feito a caminho de Serro, até o trevo de Gouveia. E de lá, tomando a direção de Sete Lagoas. Estrada boa na maioria do percurso, e com pouco movimento de caminhões. Paisagem linda. Infelizmente, até por aqui, dá pra se perceber os efeitos da seca. Rios com filetes d'água. Vegetação acinzentada... Mesmo assim, é bonito mesmo. Ah, na localidade de Alexandre Mascarenhas uma banca irresistível de conservas à beira da estrada virou atração. Pimenta, broto de bambu, jurubeba, piqui (sim, piqui em conserva!), num colorido mágico.

Quem resiste??
A parada para o almoço foi num lugar fantástico! O Solar do Engenho é uma fazenda à beira da estrada, em Sete Lagoas, com restaurante ma-ra-vi-lho-so. E tome mais uma lapada de tutu, feijão tropeiro, leitão à pururuca e toda a sorte de comida boa que até faz a gente pecar. E a gente acaba pecando mesmo, até pra compensar os 45 reais por pessoa que se paga pelo almoço. Mas compensa. O visual é lindo. Depois do almoço a gente ainda se delicia vendo cavalos, porquinhos, vacas e galinhas, ambiente incrível! Recomendo demais! http://www.solardoengenho.com.br/index.php



Novo amigo da fazenda








Voltando a ser criança


O mano e a mina



E o melhor de tudo é que esse paraíso é pertinho de BH, nossa próxima parada. Até já!!!








Ainda sobre Serro/MG


Dormimos em Serro, a 87km de Diamantina. A noite foi ótima. Friozinho delicioso e uma paisagem linda!
Serro é uma cidade histórica mimosa que descobri por acaso futricando o mapa de Minas a procura de caminhos próximos a Diamantina para pernoitar. Quando chegamos, não entendi por que ela não era mais divulgada nos guias de turismo. A pousada onde ficamos é um charme, num casarão antigo adaptado para hospedar com conforto e aconchego.

Vista do nosso quarto da Pousada do Queijo
Nosso café da manhã na Pousada do Queijo
Mas além de nós não havia mais ninguém hospedado.Com o tempo, fui entendendo tudo...

Quando procuramos algum lugar bacana pra jantar, não havia muitas opções além de uma pizzaria, onde por sinal a pizza era ótima e o caldinho de feijão preto maravilhoso, porém demoraram uma eternidade para chegar... Eu quis pedir um omelete de queijo do Serro (especialidade da cidade e que estava no cardápio), mas justo o queijo tava em falta....
Ruas de Serro 

Praça da Igreja do Carmo
Na portaria da pousada perguntei o que deveríamos conhecer na cidade. Além da Igreja de Santa Rita e do Museu Casa dos Otonni, ela não soube indicar mais nada. Faltou preparo no atendimento. Perguntei onde na "cidade do queijo" poderíamos ver a fabricação deles, mas fomos informados de que a única queijaria que era aberta pra visitação não existia mais por falta de demanda... Nem acreditei.

Apesar da pousada linda e das ótimas referências que vimos na internet, o atendimento não foi legal. A recepcionista tinha que se dividir entre a portaria e o serviço de café da manhã. De cara amarrada sempre e de fones nos ouvidos, não tinha um pingo de trato com os visitantes, e chegou a ser grosseira. Ainda acho que vou mandar um e-mail pro dono da pousada avisando que ele corre o risco de perder todos os clientes, por mais lindo que seja o estabelecimento dele...

Apesar de tudo isso, hoje pela manhã eu e o Pedro resolvemos dar uma volta à pé pela cidade, e vimos coisas muito bacanas, que merecem ser registradas. Posto algumas fotos aqui:


Fachada da pousada. Apesar de simples, é um charme!

Centro histórico de Serro

Igreja de N. Sra. do Carmo



Vista da Igreja de Santa Rita
Igreja de Santa Rita. Longa escadaria pra chegar até aqui. Só eu e o Pedro topamos o desafio!

Desafio cumprido! Merecemos uma graça!



Se algum administrador de visão atentar para o potencial turístico da cidade, Serro pode ficar muito melhor. Apesar de tudo, valeu muito ter passado por aqui!