sábado, 6 de dezembro de 2014

Catedral de Sal. Simplesmente surpreendente!


As ideias que fazíamos sobre a Catedral de Sal era bem diversas. Eu já tinha visto umas fotos na internet, mas jamais imaginei as proporções reais. Minha mãe tinha imaginado uma igrejinha branca, meio simbólica. A Gabi imaginou logo uma igreja, como as que temos visitado (mais uma!), e até chegou a cogitar a possibilidade de ficar no hotel (ainda bem que desistiu).

A surpresa pra todos foi grande e podem ter certeza, nenhuma foto vai chegar perto da realidade. É incrível.

Fomos acompanhados por uma guia, a Maritza, uma colombiana de riso fácil e muito orgulhosa do país onde nasceu. Fala com entusiasmo do que se pode fazer aqui. No caminho até Zipaquirá, município onde fica a catedral, foi nos contando sobre a larga produção de leite (de onde é feito o "arequipe" (doce de leite) mais gostoso que já provei; da produção de rosas, de caule grosso e botões grandes, que fazem do país o segundo maior exportador de rosas do mundo, só perdendo pra Holanda, e tal. E foi ela quem lançou a pergunta mais que intrigante: "Vocês conseguem imaginar por que existe uma mina de sal aqui, no meio das montanhas, se estamos a muitos e muitos quilômetros da costa?? Estranho, né?


Mas nem é tão ilógico assim. São resquícios da Era Mezozóica, quando tudo aqui era um grande mar. A água se foi, o sal ficou, encrustrado da montanha. O uso que fizeram dele é que é o mais impressionante (além da exploração natural, claro.).


Já na descida da van fui abordada por um repórter que, pelo naipe, deve ser do CQC daqui. Terninho preto, doido, doido. Falou um monte de coisas e eu não entendi nada, fiquei com cara de pastel e já posso imaginar como ficará minha imagem na TV colombiana. Acho que vou virar meme!



Depois dos meus 10 segundos de fama (#sqn), entramos na mina. Já na entrada, um corredor com iluminação especial que dá boas vindas aos visitantes que passam por aqui (cerca de 40 mil por mês), formando bandeiras de várias nacionalidades. Uma coisa linda!



Ainda no corredor de entrada já dá pra ver o sal "brotando" nas paredes, branco feito neve.


E adivinhem quem foi comprovar se aquilo era sal mesmo colocando a língua na parede? Sim, ele, o destemido (até que não se fale em alucinações envolvendo uma indiana e um anão), o desbravador, o incansável Pedro.

Só checando se era sal mesmo...
Seguindo o percurso, começam as estações da via-sacra, esculpidas nas rochas. E aqui não imaginem imagens delicadas, feições ou coisa parecida. É tudo bem simbólico, mas não menos emocionante. A cruz representa Jesus e seu calvário. A altura dela, se está em alto ou baixo relevo, o tipo de iluminação, tudo tem um significado (e aqui a guia foi fundamental pra nos explicar cada detalhe!). Em algumas estações a música de fundo deixa o clima mais especial.




















No começo a gente já se encanta, mas o melhor ainda está por vir. São salões enormes, com iluminação perfeita, que nos fazem sentir miúdos diante de tanta grandeza. E mais uma vez não dá pra não se emocionar.

Acho que foi um dos lugares mais diferentes que já conheci na minha vida.

Valeu demais!!!

No próximo post eu conto como foi a volta da mina de sal, e o resto do nosso dia em Bogotá!


Indígenas que iniciaram a exploração do sal há centenas de dezenas de anos