sábado, 1 de janeiro de 2011

A Dilma tomando posse e a gente tomando banho...

Ao contrário do que havíamos planejado, acordamos tarde e por pouco não perdemos o café da manhã. Acho que estávamos tão leves da nossa noite “hare krishna” que dormimos profundamente. Mas foi ótimo! Aproveitamos para dar uma “geral” no Pedro, que há dois dias não tomava banho por causa do frio.


Nesse nosso último dia por aqui tínhamos ainda que conhecer São Jorge (que em um post anterior eu disse que era uma cidade vizinha, mas na verdade é um distrito de Alto Paraíso).Para chegar lá encaramos o mesmo percurso que havíamos feitos na véspera, quando fomos ao Vale da Lua, mas desta vez seguindo ainda alguns quilômetros adiante. E o pior, com a chuva a estrada ficou muito mais difícil.


Encontramos uma São Jorge lamacenta, meio "sociedade alternativa", sabem como é? Acho que tô ficando velha, porque não achei a menor graça...


A relação que dá pra fazer é mais ou menos assim: Alto Paraíso está para Jijoca, assim como São Jorge está para Jericoacoara. Assim como Jijoca, Alto Paraíso tem a infra. São Jorge é o reduto das festas, dos barzinhos, da noite pra moçada. É em São Jorge também que fica a entrada para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Resolvemos não visitá-lo porque as trilhas seriam cansativas demais para o Pedro, além da chuva estar ficando cada vez mais forte.
Fomos então seduzidos pelas piscinas quentinas de águas termais, que ficam 12km depois de São Jorge, no caminho de Colinas do Sul. Mas olhem só a condição da estrada:


Valeu à pena, porque encontramos um lindo oásis, no meio da serra, com 3 piscinas naturais com águas quentinhas, por volta de 30º. Não sei exatamente o que explica aquela temperatura, mas é uma delícia ficar lá dentro. E a gente aproveitou o quanto pode!


Interessante que, como do lado de fora era frio, a água quentinha levantava uma fumaça sobre as piscinas, dando um ar quase que de sonho. Foi muito relaxante. E tínhamos mesmo que relaxar, porque enfrentar toda aquela estrada de terra molhada na volta não seria moleza. O Xuxu se saiu super bem na direção, mas o carro ficou num estado...


Almoçamos às 5 da tarde, novamente no Jatô, com sua comida gostosa e sua conta barata. Depois, era hora de reabastecer os suprimentos para a viagem, já que amanhã pegamos a estrada em direção à Bonito-MS. Fomos ao supermercado de Alto Paraíso (não é demais?).


Ah, e agora, aos nossos biscoitos e guloseimas, incorporamos o Gergeliko, uma espécie de “Nachos” natureba, produzido aqui, feito de farinha de trigo integral, gergelim e óleo de soja. Uma delícia!


Agora, é arrumar as malas e descansar. Ainda temos 1.500km pela frente! Por isso, não desçam no meio do caminho, e continuem viajando com a gente! bjos!

Reveillon em clima Hare krishna!

A gente nem tava com planos de festejar o Reveillon. Seria melhor dormir cedo e aproveitar o dia seguinte. Mas a pousada onde estamos hospedados ofereceu uma espumante para cada casal e uma queima de fogos às 10 e meia da noite. Seria insensível da nossa parte não participar. E foi bem bacaninha. Depois, resolvemos dar uma descidinha na cidade só pra fazer um lanche e voltar logo. Encontramos Alto Paraíso deserta, ruas escuras, estranha demais para uma noite de virada de ano. Fomos para a creperia da Nilz’s, onde havíamos jantado dois dias antes, e então ela nos explicou que os moradores estavam reunidos na praça do Bambu para receber o ano novo. Resolvermos dar só uma passadinha de carro lá, pra ver como era. Foi quando nos deparamos com a cena mais surreal e ao mesmo tempo mais sensacional para um reveillon: uma grande tenda com um grupo Hare Krishna entoando mantras e várias pessoas felizes, dançando e cantando. Achei o máximo! Resolvemos descer do carro e participar da festa. Gente, era realmente uma experiência muito diferente. Pena que não tínhamos levado a nossa câmera, e os únicos registros que conseguimos fazer foi com o celular da Maria Clara.


Uma repetição incansável de "Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare, Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare". Dava pra sentir o astral das pessoas, todo mundo cantando, sorrindo, emanando energia positiva. O mais interessante é que o nosso filtro foi o Pedro, que logo começou a dançar também. Quem o conhece sabe o quanto ele é tímido, mas foi o primeiro a se entregar aquela energia (essa coisinha escura, aí borrada na foto, é ele dançando!).


Aí, eu e o Xuxu entramos na onda. Até as adolescentes gostaram do clima.


Ali não tinha ninguém preocupado com assalto, com celular, com carteira no bolso. Não tinha ninguém te olhando de cima a baixo para ver sua roupa ou seu cabelo. Parecia não haver inveja, soberba, ambição. A sensação de estar ali foi mesmo muito boa.


Voltamos pra pousada sorridentes e leves, muito leves. Ser feliz com coisas simples foi um ótimo começo para 2011.