domingo, 28 de abril de 2013

A caminho de Punta Cana

A poucos minutos de Santo Domingo, em direção ao litoral leste, já é possível começar a desfrutar pequenos paraísos de areias brancas e águas calmas e quentes. As praias de Boca Chica e Juan Dólio são as primeiras do caminho. É onde se inicia também uma extensa cadeia de resorts, mola-mestra da hotelaria na República Dominicana. Praticamente todos funcionam em sistema all inclusive. Os resorts garantem comodidade principalmente para quem viaja com a família completa, porque oferecem atrações que vão desde atividades recreativas para as crianças, esportes náuticos, spas, restaurantes, lojas, boates e cassinos. Por serem menos famosas, os resorts localizados nessas praias costumam ser até 50% mais baratos que os de Punta Cana, apesar de terem ótimas estruturas. Há diárias de até 50 dólares em baixa estação, com tudo incluso.

Recepção do Barceló Capella Resort

Praia de Juan Dólio

Barceló Capella Beach Resort






Descobrindo o Brasil além das fronteiras... onde tudo começou!

Conhecer a República Dominicana nunca esteve nos meus planos. Por pura ignorância, diga-se de passagem. Já tinha ouvido falar desse nome, ok, afinal de contas o país já foi sede de uma das edições dos Jogos Panamericanos. Pronto, era isso que eu sabia. Eu também já tinha ouvido falar em Punta Cana, paraíso caribenho. Mas sabe aquela história do "não liguei o nome à pessoa"? Pois é... Era mais ou menos assim. Até que recebi um convite do trabalho pra fazer uma cobertura lá, uma press trip, promovida pelo Ministério do Turismo da República Dominicana, pra divulgar o destino aqui no Brasil. E topei. Malas prontas, lá fui eu pro que seria uma das mais lindas viagens que já fiz na minha vida. Tão bacana, que fiquei com vontade de registrar tudo aqui no blog. E como fui lá a trabalho, o texto que está aqui é a íntegra do original que escrevi para o jornal O Povo, e que, por questões óbvias de paginação, teve que ser cortado pela edição. Apesar de todas as orientações que recebi sobre o espaço que teria para a matéria, a necessidade de contar meu deslumbramento dominicano foi maior... E claro que fui cortada! Então, segue tudo e muito mais por aqui!



 


Antes de ir à República Dominicana, procure-a no mapa. À primeira vista, não vai ser fácil identificá-la. A ilha, na América Central, é cercada de vizinhas bem mais famosas como Cuba, Jamaica e Porto Rico e faz fronteira com o Haiti, que apesar de menor, também é mais conhecido. Mas talvez seja justamente por isso que a República Dominicana nos deixe mais impressionados. É que apesar do tamanho pequenino (cerca de 10 milhões de habitantes em todo o país), ela guarda algumas das paisagens naturais mais lindas do mundo, distribuídas em 1.500 km de praias paradisíacas, e um verdadeiro tesouro histórico para a América. Nem todo mundo sabe mas foi ali onde, em 1492, o explorador Cristóvão Colombo aportou, descobrindo o chamado “Novo Mundo”.
Tais atrativos fizeram do turismo a atividade econômica que mais se desenvolveu no país nos últimos 30 anos e é hoje a principal fonte de geração de renda para a população. Atualmente a ilha recebe 4 milhões de visitantes por ano, principalmente da Europa e dos Estados Unidos. Para os brasileiros, chegar à República Dominicana ficou mais fácil há poucos meses, com a abertura de voos diretos para a capital, Santo Domingo, que saem 5 vezes por semana do Rio de Janeiro e de São Paulo. E já da janela do avião é possível perceber que a cor do mar dominicano é diferente de tudo o que temos pelas bandas de cá.


 

Mas não é pela praia que sugerimos que você comece seu roteiro na República Dominicana. Entregue-se primeiro à história, visitando a Ciudad Colonial de Santo Domingo, berço do nosso passado. É aqui onde estão reunidos pelo menos 200 prédios declarados Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Entre eles, a Catedral Santa Maria De La Encarnación (1540), e o hospital San Nicolas de Bari (1503), os primeiros da América, além do Alcázar Colón, palácio onde viveu Diogo, filho de Cristóvão Colombo, e o Faro de Colón, onde estariam guardados os restos mortais do navegador.
Praça Colón, onde está a primeira Catedral das Américas

 A melhor forma de fazer esse roteiro é caminhando pelas ruas de pedras e se deixando encantar pelas fachadas antigas, pelo som alegre do merengue (sempre saindo de alguma janela), pelo colorido das roupas e pelo sorriso sempre pronto dos dominicanos, conhecidos pela simpatia e hospitalidade. Sente-se num dos bares da Plaza Colón ou da Plaza de España e refresque-se com uma “Presidente” geladíssima, a cerveja mais famosa do país. Dedique pelo menos dois dias ao patrimônio histórico, se permitindo dar uma paradinha no mercado para conhecer o artesanato local, ou numa tabacaria mais próxima, onde há sempre uma demonstração de como se produz um dos charutos mais famosos do mundo (depois de Cuba, claro!).




 




Se coincidir de passar um domingo em Santo Domingo, reserve a noite para apreciar uma festa popular linda chamada “Bonyê”, que acontece nas ruínas do antigo Monastério de São Francisco, também no centro antigo. O local vira palco para atrações de Son, Merengue, Salsa e outros ritmos locais, e os dominicanos não se intimidam em cair no rebolado “caliente” que a música pede. A alegria concentrada ali é contagiante. Bonito de se ver e de se ouvir.
As ladeiras próximas às ruínas do antigo Monastério de São Francisco ficam lotadas nas noites de Bonyê

"Sonero" dominicano do Grupo Bonyê



Depois de conhecer a capital, ceda então à sedução do mar turquesa. Santo Domingo é banhada pelo mar do Caribe, mas por incrível que pareça, não possui praias. A água bate direto nos paredões de rocha, impossibilitando o banho seguro. Sendo assim, pegue a estrada rumo ao leste do país e se prepare para ver tudo o que a natureza reservou de bom no quesito mar e sol, até chegar à cereja do bolo dominicano, a badalada Punta Cana. 

No próximo post  a gente começa esse roteiro!