domingo, 7 de dezembro de 2014

A Colômbia agora está na nossa casa!


É sempre assim. Acaba a viagem e a sensação de ter uma casa pra voltar é deliciosa. Recepção calorosa...

Sophie quase não deixa o Xuxu dormir!
Mas fica também aquele vazio, aquela vontade de continuar o blog, de compartilhar mais. Hoje o domingo foi pra curtir o que trouxemos da Colômbia (muita coisa comprada naquela feira alucinante a que me referi no último post) e que vão nos fazer lembrar dessa viagem por muito tempo através dessas peças. Arrumei minhas prateleiras com gosto, ensaiando a disposição de cada um deles, reposicionando outras lembranças de outras viagens que fizemos e que também nos deixaram saudades. Mostro aqui algumas das nossas aquisições: 


 


Reprodução das "Molas", montagens em tecido feita pela etnia Kuna, que seriam inspirações de seus deuses.
Foram as que mais me encantaram por aqui.

Máscara de um xamã, comprada na Catedral de Sal

Xadrez produzido por um artesão do norte do país. Foi comprado em Cartagena.
Reis Magos feitos em madeira. A riqueza dos detalhes é linda!


Ah, teve ainda meu banquinho, que vai deixar meu jardim ainda mais lindo!



O Pedro trouxe um boneco articulado, todo feito em madeira. Agora à noite está entretido a pintar o novo amigo.


E como ninguém é de ferro, na bagagem coube ainda um espacinho pra umas delícias que provamos por lá. Essa fruta aí embaixo é uma Granadilla, muito parecida com um maracujá, sendo doce. 


Claro que não podiam faltar as Obleas com Arequipe. Ah... as obleas com doce de leite. Uma das maravilhas da gastronomia colombiana. (pena que eu também não pude trazer as arepas!)


E pra terminar, caramelos artesanais que tivemos a oportunidade de ver como eram feitos, acompanhando todo o processo em uma fábrica em Cartagena (e que nos deixou impressionados!).



Enfim, é isso. Ainda pretendo fazer um próximo post com algumas "ciladas" da viagem. Situações que nem a nossa experiência de viajantes nos impede de vivenciar e que valem ser partilhadas. Mas já vou começando a me despedir. Daqui pra frente é curtir as fotos e planejar uma volta àquele país maravilhoso, de gente simpática e acolhedora.
Espero muito que vcs tenham curtido nossa viagem, que possam aproveitar algumas dicas. E a única coisa que posso adiantar é que, em breve, vem surpresa por aí! Aguardem!!!!


Nosso último dia em Bogotá (e a exposição que por pouco não nos enlouquece)


Só uma coisinha antes de falar do nosso último dia em Bogotá. Fomos presenteados com uma lua cheia linda, vocês viram daqui? O diferente em Bogotá é que ela chegou como a cereja do bolo pra deixar ainda mais bonito o Cerro Monserrate iluminado para o Natal. Enfim, foi uma noite cheia de brilho, emocionante.

Com nossa câmera esta impossível fazer uma foto que realmente revelasse o que estávamos vendo. Mas fiz essa aí, só pra vcs terem ideia. Na nossa lembrança ela vai ficar nítida e inesquecível.

Agora sim, conto como foi nosso último dia em Bogotá. Os planos eram de ir conhecer pela manhã o Parque Simon Bolívar, uma enorme área verde que está para os bogotanos como o Central Park está para os novaiorquinos. Mas a chuva, mesmo que fina, insiste em cair por aqui. Será que a Colômbia chora pela nossa partida? (hahahaha clichê, né?). :D

Diante da impossibilidade de ir pro parque na chuva, resolvemos antecipar o que faríamos à tarde: ir à ExpoArtezanias, uma grande feira realizada do Corferias (Centro de Eventos de Bogotá) que estaria expondo os mais variados tipos de arte típicos da Colômbia. O local era coberto, e estaríamos otimizando nosso tempo. Quem sabe o sol abria e iríamos à tarde pro parque? Era uma opção.

Mas olha....o que tinha pra ser visto na ExpoArtezanias era muito mais do que poderíamos ver nesses 7 dias que passamos por aqui. Pavilhões que mostravam desde a tradição culinária, passando pelos 
metais, os fios, as tradições indígenas, até o mais arrojado design desenvolvido no país. Uma loucura!

Isso sem falar da "aula" que tivemos sobre os povos indígenas colombianos. Havia representantes das mais diversas etnias, muitas fazendo ali, pra gente ver, um exemplar tradicional da sua cultura. Gente, nem consigo descrever....








E foi difícil escolher o que ver, o que comprar, queríamos simplesmente tudo (e quem conhece a minha casa deve imaginar como me senti. Cada peça artesanal mais linda que a outra). Quando menos esperamos, cadê dinheiro?? Sim, tínhamos estourado nossos pesos colombianos, não havia casa de câmbio no local e, de repente, lá estávamos nós fazendo a vaquinha entre todos pra ver se dava pelo menos pra pagar o táxi de volta. Ô situação!

E o pior, a cada passo descobríamos novos stands, com coisas ainda mais lindas. E cadê dinheiro, minha gente???? Passa a "tarjeta", pelamordedeus! Era um misto de graça e dor, porque sabíamos que talvez fosse uma oportunidade única de ver num só canto tanta coisa diferente reunida (a expoartezanias começou na véspera de irmos embora e segue até o dia 18). 



E nessa brincadeira compramos desde um tambor indígena pro Xuxu, um apito que imita o som dos pássaros pra o Pedro (mal sabíamos nós que ele encheria o saco de tanto apitar, e já estávamos quase odiando passarinhos...), um banco para nosso jardim, bolsa... (e eu, que detesto shoppings e adoro artesanatos, me vi frustrada por não poder trazer tudo o que gostaria).


Voltamos pro hotel já mais de 4 da tarde, sabendo que às sete teríamos que sair para o aeroporto. O tempo era curto pra conseguir arrumar lugar na bagagem pra tanta coisa, fazer o check-out, tirar as últimas fotos que queríamos. E mesmo nessa pressa, eu e o Xuxu ainda tivemos que descer à Candelária pra trocar um dinheiro e conseguir pagar o consumo no hotel e a corrida de táxi para o aeroporto. E como já estávamos lá embaixo mesmo, por que não dar uma paradinho num supermercado pra comprar umas "obleas" pra comer no Brasil? E o ponteiro do relógio passando. E o Xuxu começou a ter febre, e a gente não conseguia um táxi pra voltar pro hotel mais rápido. O jeito foi voltar caminhando, pela tal rua do Calvário, pagando nossos pecados ladeira acima.

A chegada no hotel foi bem corrida. Como conciliar o cansaço com a necessidade de arrumar tudo. E no meio da grande confusão que se tornou o nosso quarto (agora o único para todos, porque tivemos que pagar um late check-out e concentramos tudo num só apartamento) descobri que desde que voltamos de Cartagena o Pedro ainda não tinha trocado a cueca! Tomava banho e vestia a mesma.  E tomava banho e vestia a mesma. E assim foi por 4 dias, até eu perceber que a box amarela já estava quase dura. Me senti meio mãe desnaturada....



Sucursal do Caos. Nosso quarto horas antes da viagem de volta.
Conseguimos arrumar tudo a tempo e saímos rumo ao aeroporto, levando no meio de toda aquela bagagem um sentimento de gratidão imenso à Colômbia, a todas as pessoas que nos respondiam com um sorriso no rosto um "con mucho gusto"ou um "que estés bien". A viagem foi perfeita. Tudo o que vimos, mesmo as coisas ruins, como a pobreza que assim como no Brasil ainda afeta a Colômbia, vão nos deixar lembranças importantes. 

Ricardo Bola, valeu a dica. Xuxu, meu amor, obrigada por ter embarcado nessa ideia comigo. Meus filhos, estou muito orgulhosa de vocês, pelo comportamento, pela sensibilidade. Pai e mãe, esta entra como mais uma na "carteira de viagens" de vocês. Espero que tenham desfrutado desse "destino exótico" e que tenham aprovado a minha escolha.

VALEU COLÔMBIA! HASTA LA VISTA!!!!

 



O grande trancón, as muitas "bussetas" e as figuras de Botero



Experimentamos pela primeira vez um legítimo trancón (engarrafamento) na volta da Catedral de Sal, em Zipaquirá, para Bogotá. O percurso, que poderia ser feito em 1h e 10 minutos, se transformou em longas 2h e meia. E estava chovendo, e o motorista pegou um caminho esquisito... Enfim, haja conversa, piada besta, silêncio absoluto, sono, fome...




E claro que foi no meio desse ócio que descobrimos um trocadilho meio... digamos... irreverente. É que os "buses" pequenos (ônibus como as topics de Fortaleza) que alimentam as linhas do transmilênio (o sistema de BRT de Bogotá), são chamados aqui de... BUSSETAS. Aí vocês já imaginam, né? Foi só a nossa guia dizer que "existem bussetas de todas las "colores" circulando pelas ruas de Bogotá" para que o Pedro passasse a verbalizar a cada esquina que estava vendo uma "busseta". "Olha mãe, como essa busseta tá cheia!". "Pai, tá vendo aquela busseta vermelha?". "Mãe, aqui em Bogotá tem muita busseta, né?" Frases sempre acompanhadas por um sorrizinho canalha de quem está adorando poder falar essa palavra sem constrangimento nenhum.

Busseta amarela
Busseta vermelha. (há ainda as pretas, as verdes, as coloridas... Indo para vários pontos da cidade
Depois de ver muitas "bussetas" e falar muita besteira, chegamos ao hotel. Eram quase 4 da tarde, mortos de fome. Ninguém queria sair pra comer por conta do frio e da chuva, e a opção foi pedir pizza pra meninada (foi a terceira vez que a tal Monapizza salvou nossa fome). Eu, o papai e a mamãe resolvemos experimentar um prato típico daqui, o “Ajiaco”, uma sopa feita à base de batatas, milho, frango, alcaparras e abacate (que dispensamos, eca!). O ajiaco é servido acompanhado com arepas quentinhas e creme de leite. Gostoso demais. E meio “levanta defunto”, sabe? Forte demais!

Ajiaco preparado pelo Juan Carlos, dono do hotel onde estamos
A chuva deu uma treguazinha e resolvemos (a turma jovem) descer pra Candelária pra dar um rolé cultural. Enquanto isso, vovó e vovô embaixo dos cobertores!


Nossa intenção era, pelos menos, visitar o Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez e o Museu Botero. Só que os ignorantes aqui entraram num centro cultural imenso, superbonito, crentes que estavam no Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez (Só hoje descobri que estávamos no lugar errado, um quarteirão antes do real. Enfim...). Só não ficamos "chupando o dedo" porque onde fomos havia uma homenagem bem bacana ao escritor num grande mural na parede externa. Vontade enorme de estar em Macondo!



O verdadeiro Centro Cultural, que infelizmente não pudemos entrar porque estávamos apressadíssimos!

De lá entramos no Museu Botero, que fica num casarão lindo! (como quase tudo por aqui).


Foi muito bacana ver a reação do Pedro observando a exposição, querendo saber por que tudo na obra dele é “gordo”. Foi dele também a iniciativa de perguntar que datas eram aquelas que estavam ao lado das pinturas, e só assim descobrimos que Botero ainda vive. #ignorantes2 

 


E ele teve a preocupação de fotografar a obra que se chama Pedrito. Achei tão bonitinho...





Depois do circuito cultural, seguimos perambulando pelas calles da Candelária descobrindo recantos lindos. Um deles foi uma padaria, escondida atrás de uma portinha estreita mas que nos “puxou” pra dentro dela só pelo cheiro do croissant quentinho. E assim voltamos pro hotel, levando nosso saco de pão e sem coragem pra mais nada.  

Paradinha básica numa "bodega" pra comprar bombons. 


Essa é a rua do nosso hotel, que fica no alto de uma ladeira imensa. Pra quem anda por ela, voltando da parte baixa, o nome passa a fazer todo o sentido... #hajafôlego

*O bom de termos entrado no Centro Cultural errado foi encontrar essa exposição de instrumentos musicais. Super interessante!

  



Ainda hoje mando post novo, contando como foi nosso último dia em Bogotá. Fomos a uma exposição de artesanatos típicos da Colômbia que nos deixou alucinados com tanta coisa linda e o pior... LISOS! Já, já eu conto!

Besos, meu povo!