sexta-feira, 19 de julho de 2013

Que maravilha que é Tiradentes!!!!


Foi a escolha mais acertada passar mais que um dia em Tiradentes. Ô cidadezinha bacana de se estar... Como diz o bordão que anda sendo repetido insistentemente pelo meu irmão Jaime e pelo Pedro, Tiradentes "é um LUUUXO!" Tudo bem cuidado, ótimas opções de hospedagem, gastronomia pra todos os gostos e muitas opções do que fazer.




Tentando enganar o frio

 Além do circuito histórico, quem vem aqui tem opções de fazer uma programação mais aventureira, alugando um quadriciclo (meio carinho, a meu ver... R$350 por 2 horas), ou um cavalo (bem mais barato: R$30), ou de compras, visitando as dezenas e dezenas de ateliês que existem por aqui. Um artesanato lindo!!!!

E diante de tantas possibilidades, traçamos o nosso roteiro e tivemos um dia agitado. Logo de manhã, uma voltinha no centro histórico, conhecendo a Igreja Matriz, o chafariz de São José e caminhando pelas ruas de calçamento "pé de moleque".






Chafariz de São José
 

Depois seguimos para a localidade de Bichinho, aqui vizinho, onde nos indicaram comer a melhor comida mineira da região no restaurante Tempero da Ângela. Pense num negócio concorrido. O restaurante fica a 7 km do centro de Tiradentes, numa estrada de calçamento. Quando a gente chega lá, se depara com um lugar muito simples, porém com fila de espera tamanha a quantidade de clientes. A comida é boa e o preço melhor ainda: você paga 20 reais e tem direito a se servir à vontade, num imenso fogão à lenha. Todo mundo adorou, menos a Maria Clara, a Ethel e o Heitor. "Não tem nada que preste", eles resmungaram. O restante do grupo comeu que pecou. O Pedro ainda soltou um "ai, que comida boa", depois de derrubar uma pratada de arroz com feijão, pernil e macaxeira. Meu pai e minha mãe também não tiveram do que reclamar, e tome torresmo (tomara que o cardiologista não esteja lendo o blog)!

O caminho até Bichinho, essa localidade onde fica o Tempero da Ângela é cheio de ateliês de arte e artesanato. Cada coisa linda, minha gente. Cada coisa diferente, original... Agora, prepare o bolso, porque é tudo muito caro. Mas que são lindas, são!

Museu do Automóvel da Estrada Real
 Na volta já era hora de fazer mais um passeio característico daqui. Ir de Maria Fumaça até São João Del Rei, cidade vizinha, mas muito, muito maior que Tiradentes. Na verdade a maior entre as cidades históricas. O passeio é muito divulgado nos guias de turismo, mas não vou nem mentir que achei muito aquém do esperado. A paisagem não é linda como eu imaginava, e é o tipo do programa que só se faz a primeira vez que se vem por aqui. Porque valer, valer à pena mesmo, não vale, não.



Dona Edna, que vende as "delicias do passado". Quando soube que éramos cearenses, fez festa. Disse que já tinha ido à Limoeiro do Norte pra ensinar as mulheres de lá a fazer o "pirulito de mel' e recebeu o título de Mestre do Pirulito de Mel.

Pelo menos optamos por fazer esse passeio já às 17h ( última das 3 saídas que a Maria Fumaça faz às sextas feiras), vimos um belo por do sol, e contratamos uma van pra voltar (R$20 por pessoa), com direito a um city tour express no centro histórico de São João Del Rei. Deu pra gente ter uma noção da cidade e ver curiosidades como uma das igrejas mais ricas do Brasil, a de N. Sra. do Pilar, onde estão depositados 400kg de ouro em altares e imagens, fora as pedras preciosas. É de encher os olhos!



Na volta do passeio, demos uma parada na Matriz de Santo Antônio pra conferir o concerto da organista Eliza Freixo. Esses concertos acontecem nos fins de semana em Tiradentes e Mariana. Tivemos sorte de estar aqui e coincidir com a apresentação. Ouvir aquele órgão do século XVIII tocando, naquele ambiente da igreja me fez viajar no tempo. Quase consigo ouvir o som das carruagens trotando nas ruas de pedra, imaginando os trajes de veludo dos homens e os vestidos das mulheres daquela época. Incrível. Pena não poder fotografar... Outra emoção pra gente gravar no coração.

E pra coroar o dia, uma voltinha no circuito gastronômico do centro. Só que desta vez, ao invés de parar num restaurante, optamos pela barraquinha da quermesse que tava acontecendo na praça. Comemos pastel, ouvimos Luiz Gonzaga e eu e a Iolanda ainda dançamos quadrilha com um povo morto de animado que se juntou na praça. Bom demais!!!!

Acho que não esqueci de nada, mas confesso que tô morta de sono. Melhor eu ir dormir porque amanhã  (que nada, daqui a pouco, porque já são 2 da manhã!) colocamos o pé na estrada em direção à Lambari e ao circuito das águas. Acho que vai ser lindo. E assim que der, posto mais fotos das nossas andanças por aqui.

Inté!

Estavam sentindo falta de notícias??


Os últimos 2 dias foram de atividades intensas na nossa programação. E no hotel onde estamos, em Tiradentes, a sinal da internet não é dos melhores. Pra atualizar o blog ontem eu teria que me submeter ao frio de 15 graus na recepção (onde pegava bem), e claro que preferi minha cama bem quentinha... Mas hoje, que parece que o sinal melhorou, vou tentar atualizar tudo o que vivemos nas últimas 48 horas.
Viagem ao centro da terra!
Ontem saímos de Ouro Preto com destino a Tiradentes. Claro que tínhamos que fazer uma parada em Mariana, cidade vizinha de Ouro Preto, primeira vila e primeira capital das Minas Gerais. Antes mesmo de chegar ao Centro Histórico, paramos pra conhecer a afamada Mina da Passagem, que fica na estrada entre os dois municípios.
Meu pequeno Indiana Jones

Família unida a 120m de profundidade
Impressionante "arquitetura" debaixo da rocha
A princípio a mamãe disse que não iria, porque tinha medo da descida, mas depois cedeu e fomos todos. Num carrinho seguro por um cabo de aço descemos 120 metros de profundidade.

 A mina está desativada desde a década de 90, quando encerrou as atividades da mineração e passou a de dedicar exclusivamente ao turismo. Ao contrário do que pensávamos, era uma mina industrial, explorada por uma empresa inglesa. O trabalho de "engenharia" feito lá por baixo é sensacional. As implosões foram calculadas de forma de deixar colunas feitas com a própria rocha.

Por lá também há um lago, fruto da escavação até o lençol freático, com água cristalina, e que hoje é usada por mergulhadores que curtem mergulhos em cavernas. Na mina aprendemos o que significa "ouro de tolo", e vimos como era usada a bateia para a extração do ouro. No final das contas o passeio agradou a todo mundo, foi curioso e bem animado.

Doido pra achar um ourozinho...


De lá seguimos para o centro histórico de Mariana. Era só uma passagem, para vermos como era a cidade, mas acabamos entrando no Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, que fica junto da Matriz de N. Sra. da Conceição, e é o segundo mais importante do Brasil. Ótima dica também. Pena que é expressamente proibido bater fotos no local, e vamos ter que guardar esse registro apenas nas nossas lembranças.




Já era perto de meio dia quando pegamos a estrada novamente para seguir viagem até Tiradentes. Optamos por fazer um trecho da Estrada Real, via Ouro Branco, e foi a melhor decisão que tomamos. A estrada é linda! Serpenteia montanhas, e vez por outra nos surpreende com pedaços da história como a Casa de Tiradentes, a Estalagem dos Inconfidentes, antigas pontes de pedra, relembrando as trilhas que eram seguidas no século 18. Um charme. 





A Estrada Real é muito convidativa pra umas paradinhas de vez em quando, como a que fizemos num lugar muito bonitinho chamado de "Café com Prosa", e onde comemos um pão de queijo delicioso, digno da fama mineira.
Café com Prosa - muitas delícias à beira da Estrada Real

E nessa de parar e parar, acabamos chegando em Tirantes depois das 18h. A idéia era pernoitar e seguir viagem pra Lambari no dia seguinte, mas já, de cara, o pessoal da pousada nos convenceu a ficar mais um dia por aqui. A gente nem pensou duas vezes. Tiradentes é uma ciudadela (como diz o Pedro) encantadora. É a menor cidade histórica de Minas, e talvez por isso, aconchegante e bem cuidada. Tão aconchegante que, mesmo cansados, ainda tivemos disposição pra dar uma voltinha à noite no centro e descobrir a variedade de barzinhos e restaurantes que deixam qualquer um apaixonado pelo cardápio e pela decoração.
E muita coisa ainda ia nos seduzir em Tiradentes. No próximo post eu conto mais!

 BASTIDORES:

- Em Tiradentes experimentamos o maior frio! Saiu até fumacinha da boca, pra alegria do Pedrão. Ô matutice boa!!!!

- Foi muito bacana a recepção da pousada onde estamos hospedados, Serra Vista. A Fabiana e a dona Enir nos fizeram sentir em casa. E o que é melhor: sem nem precisarmos pedir, elas deram um jeitinho de nos dividir nos quartos de forma que todos os adolescentes e o Pedro ficaram num quarto só, e nós, os casais, nos nossos. Acho que até elas notaram que a gente merece uma folguinha dessa turma, né??

- Nesse trajeto entre Ouro Preto e Tiradentes, optando pela estrada que viemos, nos perdemos algumas vezes nos trechos urbanos da rodovia. As indicações das placas não batiam com as dos GPS, e acabamos perdendo um tempinho pra nos reencontrar. O fato é que o tal "quem tem boca vai à Roma" é a pura verdade.

- Nossa parada para o almoço foi na cidade de Ouro Branco. Sem um décimo da fama de sua "xará negra", esse lugar nos ofereceu um almoço muito melhor que em Ouro Preto. Recomendo o restaurante Duas Irmãs, bem na cidade, mas no acesso à BR. Um self service simples, mas que serve o melhor lombo recheado que já me lembro de ter comido.

- Sim, existe a cidade do Rocambole. Não, não estou falando da tal Bole Bole Saramandística! É a terra do Rocambole mesmo, e se chama Lagoa Dourada, no caminho de Tiradentes. Pra onde você olha tem uma placa vendendo o melhor rocambole de todos. Infelizmente, como a gente já tava muito atrasado pra chegar em Tiradentes não paramos pra conferir. Queria ver se tinha algum que fosse melhor que o da minha vóinha...

Lagoa Dourada, a terra do Rocambole!