segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Trouxemos de Fortaleza um céu azulzinho pra Curitiba! (E o dia em que a Maria Clara encontrou a MEL!)

Igreja de Nossa Senhora do Rosário, no Centro histórico

Chegamos à Curitiba na tarde do último sábado. Havíamos enfrentado algumas horas de tensão da estrada desde Pomerode. O dia tinha amanhecido chuvoso e, bem no trecho de serra a chuva resolveu cair pra valer. Estrada sinuosa, muitos caminhões, neblina. Pra nossa surpresa, o nosso destino nos esperava muito ensolarado, contrariando todas as "previsões" que nos haviam feito. "Em Curitiba só chove", me disseram o Márcio, o Thiago Gaspar, a Cris. "O que vocês, 'lá de cima', vieram fazer em Curitiba?", questionou um rapaz numa das paradas na estrada, insinuando que nossa escolha era meio sem-futuro. Pois olha... Ô cidade massa!


Já foi bacana demais encontrar uma cidade amigável a quem anda à pé. Calçadas largas, arborizadas, tranquilas. Uma cidade cheia de áreas verdes. Uma cidade de avenidas largas, sem buzinas, pintada de ciclofaixas. Uma cidade enfeitada de arte urbana.

Nosso primeiro programa foi conhecer a Caramelodrama, uma confeitaria muito linda no bairro Batel. A dica foi da Maria Clara, que já "conhecia" o local pela internet. O Batel é um bairro charmosinho, cheio de barzinhos e happy bours, de poucos prédios e casas lindas.

Rua no Batel. Fiquei encantada com as calçadas largas e arborizadas

Depois fomos dar uma volta no parque Barigui. O parque é um dos maiores da cidade e o sol pleno deixou tudo ainda mais bonito. A gente aproveitou um pouquinho a grama, curtiu a paisagem, vibrou pela movimentação de tanta gente ali, aproveitando aquela natureza e, infelizmente, ficou se lamentando um bocado por Fortaleza não ter um espaço assim. 

Já era noite mas o sol brilhava lindo no parque Barigui. Um dos locais lindos de Curitiba

A próxima parada foi no bairro de Santa Felicidade. Lindo esse nome, né? A ideia era jantar por lá, já que se trata de um reduto gastronômico de Curitiba. O bairro é bem charmoso, mas não gostamos do perfil dos restaurantes. Muito menos do tal Madalosso, badaladííííssimo por ser um dos maiores do mundo com seus quase 5 mil lugares, mas que mais me pareceu um grande salão do La Maison, ou do Barbra's buffet (depois eu puxei papo com uma curitibana que disse que aquilo ali é armadilha pra pegar turista). E nosso jantar acabou mesmo sendo no shopping. Opções para cada um de nós seis, num precinho melhor (logo eu que detesto shoppings... Mas, de fato, foi a melhor coisa)

E o sol parece mesmo que gostou da gente e nos acompanhou no domingo inteiro (a ponto de nos queimar pra valer! - é que o ventinho frio engana que é uma beleza e a gente nem sente queimar). Assim, deu pra passear na feirinha de antiguidades do Largo da Ordem (e nas coincidências que temos vivido tive a sorte de ver, naquela hora, a celebração da missa na Igreja da Ordem cantada em latim. Lindo!), na ópera de arame, no parque Tanguá e no Jardim Botânico.

No meio das quinquilharias da feira do largo da Ordem ele encontrou uma relíquia de 8mm


O bonitão, que anda arredio no quesito "fotos", topou essa aí. Viva a Ópera de Arame!

Parque Tanguá

Jardim Botânico em cores reais!



O dia mais feliz da viagem, segundo a Maria Clara

Posso dizer que o domingo, 17, às 17 horas, foi o momento mais incrível desta viagem para a minha Maria. Era o dia do encontro dela com a Melina Souza, a Mel, do Blog Serendipity. O blog é muito querido pela Maria e as amigas. Digamos que a Mel é super pop entre as teens! O encontro já estava marcado desde antes de sairmos de Fortaleza e, de qualquer jeito, teríamos que estar em Curitiba no dia e hora marcados. Fui com ela ao encontro, no New York Cafe. A mãe da Mel, a incrível Zezinha, foi nos buscar no hotel. Vi o nervosismo, a emoção no sorriso da Maria. Vibrei por ela (mal comparado, acho que seria como eu vendo o Chico Buarque hahahahahaahh). O papo rolou muito bem, a Mel é uma simpatia e o programa foi gostoso até pra mim!

O sorriso feliz mais lindo!

Maria, Mel, Beni (namorado da Mel) e a super Zezinha, dona de uma papo delícia!
E depois desse encontro cheio de emoção, a gente foi terminar o dia junto com o resto da nossa trupe no Centro Histórico, no famoso bar do Alemão. A pedida ali foi salsichão e um chopp chamado Submarino, servido junto com uma dose de Steinhager. 





Hoje pela manhã ainda deu tempo da gente conhecer (pelo menos por fora) o Museu Oscar Niemeyer, (o "Museu do Olho") e a Praça do Japão, uma homenagem da Cidade aos imigrantes (pena que as cerejeiras não estavam floridas! ) antes de seguir viagem pra viver frustração em Floripa (eita, que essa mágoa tá forte no meu coração! - Ainda bem que o Eduardo Freire já me convenceu de que isso vai passar e ainda hei de gostar dessa cidade).

Praça do Japão. Pedacinho nipônico no meio da cidade.

O museu fecha às segundas, e a gente só pôde conhecer por fora, mas valeu à pena!


Por hoje vou parando por aqui. (O Xuxu precisa usar o notebook pra mandar um orçamento). Na próxima vou fazer um resumão das coisas lindas que encontramos na Serra Catarinense. Ah! tem novidade sobre o Pedrão, meu jovem adolescente. Os detalhes eu conto depois!



Um tanto de ressentimento é o que vamos levar de Floripa.... (título magoado e despeitado de quem não estava preparada para tanta "concorrência")



Escrevo este post com um tanto de cansaço e mágoa no meu peito.... E tudo o que eu disser aqui, assim espero, desejo que se apague do meu coração. Mas o fato é que, neste momento, não me imagino voltando nunca mais a Florianópolis.

Tenho consciência de que a culpa não é da cidade, mas "Floripa" não tem sido cordial com nosso estilo descompromissado de viagem. Logo na nossa chegada, registrei aqui, enfrentamos hoteis lotados, engarrafamentos, praias geladas. Demos uma volta pela "vizinhança" e resolvemos passar nossos 3 últimos dias de viagem por aqui pra conhecer o outro lado do litoral catarinense. Saímos de Curitiba por volta de meio dia com planos de ficar 3 dias na praia de Bombinhas, um "paraíso" de mar calmo e limpo indicado por amigos e guias de viagens. Calculamos: seriam 255 km de estrada boa, ensolarada, pedagiada, duplicada quase que na totalidade, o que nos permitiria chegar ainda com o dia bem claro e, quem sabe, curtir um finalzinho de tarde na praia, pra descansar da maratona de estrada que vivemos até aqui... CAPAZ! (como diria a moça que nos atendeu no centro de informações turísticas de São José dos Ausentes, numa expressão exclamatória e gasguita que significa: Bem doidos!)

Gente, sem brincadeira: o tempo que gastamos de estrada entre Curitiba e a entrada de Itapema (vizinha de Balneário Camboriú - que evitamos justamente por conta da fama) foi praticamente O MESMO que perdemos num engarrafamento chatíssimo para percorrer cerca de 30 quilômetros até a tal Bombinhas. Uma fila interminável de carros com a mesma ideia que nós. Hotel? Pousada? CAPAZ! Uma loucura, minha gente!

Engarrafamento quilométrico no sentido mais literal. Na nossa contagem grosseira,
 pelo menos 1 a cada 3 carros eram da Argentina, Uruguai ou Paraguai
Como é que um negócio desse pode ser bom? Como pode ter graça um lugar para o qual é um sofrimento chegar? Parei num restaurante pra ir ao banheiro e falando português só vi mesmo os rapazes do balcão. Nossos hermanos tomaram de conta do pedaço. E, querem saber? Não há beleza no mundo que compense esse fréjo. Acho que estou velha, mas pra mim, isso não é diversão. Achei o Ó!

Visual lindo de Pequerê, vizinha de Bombinhas. Não compensa o stress.

E voltamos com o rabinho entre as pernas, pegando outro grande engarrafamento de volta. Desistimos de Bombinhas exatamente às 5:17 da tarde e conseguimos encontrar um hotel em Florianópolis às 21:40, depois de dezenas de ligações que revelavam um misto de solidariedade e desdém quando soltavam o repetitivo "estamos lotados até dia tal". Por fim, conseguimos 1 quarto para 6 pessoas num hotel no Centro, com a condição de que ficássemos só esta noite. Amanhã, num bom cearencês, temos que capar o gato e arrumar outro canto pra pousar!

Enquanto escrevo aqui, Xuxu e as meninas buscam ali um novo destino pra nossa viagem. A gente bem que queria dar uma paradinha, mas pelo jeito, ainda temos um chãozinho pra rodar até o dia 21.

JURO QUE, JÁ, JÁ, ESCREVO UM POST COM COISAS LINDAS SOBRE O QUE VIVEMOS NOS ÚLTIMOS DIAS! JURO!!! (pelo menos até agora a internet tá ajudando. Alguma coisa tinha que ser boa, né?)