Escrevo este post com um tanto de cansaço e mágoa no meu peito.... E tudo o que eu disser aqui, assim espero, desejo que se apague do meu coração. Mas o fato é que, neste momento, não me imagino voltando nunca mais a Florianópolis.
Tenho consciência de que a culpa não é da cidade, mas "Floripa" não tem sido cordial com nosso estilo descompromissado de viagem. Logo na nossa chegada, registrei aqui, enfrentamos hoteis lotados, engarrafamentos, praias geladas. Demos uma volta pela "vizinhança" e resolvemos passar nossos 3 últimos dias de viagem por aqui pra conhecer o outro lado do litoral catarinense. Saímos de Curitiba por volta de meio dia com planos de ficar 3 dias na praia de Bombinhas, um "paraíso" de mar calmo e limpo indicado por amigos e guias de viagens. Calculamos: seriam 255 km de estrada boa, ensolarada, pedagiada, duplicada quase que na totalidade, o que nos permitiria chegar ainda com o dia bem claro e, quem sabe, curtir um finalzinho de tarde na praia, pra descansar da maratona de estrada que vivemos até aqui... CAPAZ! (como diria a moça que nos atendeu no centro de informações turísticas de São José dos Ausentes, numa expressão exclamatória e gasguita que significa: Bem doidos!)
Gente, sem brincadeira: o tempo que gastamos de estrada entre Curitiba e a entrada de Itapema (vizinha de Balneário Camboriú - que evitamos justamente por conta da fama) foi praticamente O MESMO que perdemos num engarrafamento chatíssimo para percorrer cerca de 30 quilômetros até a tal Bombinhas. Uma fila interminável de carros com a mesma ideia que nós. Hotel? Pousada? CAPAZ! Uma loucura, minha gente!
Engarrafamento quilométrico no sentido mais literal. Na nossa contagem grosseira, pelo menos 1 a cada 3 carros eram da Argentina, Uruguai ou Paraguai |
Visual lindo de Pequerê, vizinha de Bombinhas. Não compensa o stress. |
E voltamos com o rabinho entre as pernas, pegando outro grande engarrafamento de volta. Desistimos de Bombinhas exatamente às 5:17 da tarde e conseguimos encontrar um hotel em Florianópolis às 21:40, depois de dezenas de ligações que revelavam um misto de solidariedade e desdém quando soltavam o repetitivo "estamos lotados até dia tal". Por fim, conseguimos 1 quarto para 6 pessoas num hotel no Centro, com a condição de que ficássemos só esta noite. Amanhã, num bom cearencês, temos que capar o gato e arrumar outro canto pra pousar!
Enquanto escrevo aqui, Xuxu e as meninas buscam ali um novo destino pra nossa viagem. A gente bem que queria dar uma paradinha, mas pelo jeito, ainda temos um chãozinho pra rodar até o dia 21.
JURO QUE, JÁ, JÁ, ESCREVO UM POST COM COISAS LINDAS SOBRE O QUE VIVEMOS NOS ÚLTIMOS DIAS! JURO!!! (pelo menos até agora a internet tá ajudando. Alguma coisa tinha que ser boa, né?)
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