segunda-feira, 15 de julho de 2013

Segunda-feira quase frustrada...


O que faz um turista numa segunda-feira?? Se depender do roteiro oficial, não faz quase nada. Mesmo em período de alta estação, praticamente tudo é fechado. Ontem fizemos uma longa pesquisa para montar nossa programação de hoje, mas diante das poucas opções abertas, acabamos dando a mancada de nos mandar pra Lagoa Santa, município vizinho de BH, pra visitar a Gruta da Lapinha, um destino que certamente seria show principalmente para a garotada. Pois demos com os burros n'água.
Algo do tipo: "problema seu que veio de longe, mas a gruta hoje tá fechada!"
Ô dó (como dizem as pessoas daqui!). Tempo e gasolina perdidos por nada. Na tentativa de salvar o passeio, procuramos conhecer o parque do Sumidouro, que fica por lá também, mas novamente não estava aberto para visitação. Com nosso jeitinho cearense, o máximo que conseguimos foi dar uma entradinha na casa de Fernão Dias (lembram-se dele? O bandeirante desbravador das Minas Gerais, companheiro de Borba Gato e tals...). Ficamos por ali uns minutinhos e resolvemos voltar pra cidade mesmo pra tentar salvar o dia.

Casa de Fernão Dias (Lagoa Santa/MG)

Um papo didático sobre quem foi esse tal de Fernão Dias
Seu Fernão

Já que tamo aqui, bora pelo menos bater uma foto, né?? É!

Olha aí a cara do Fernão!
Depois da frustração, nossa primeira parada foi na Lagoa da Pampulha. Chegando em bando (como sempre), pra ver um dos cartões postais mais simbólicos de Belo Horizonte, a Capela de São Francisco de Assis, desenhada pelo Niemeyer e com painéis do Portinari (e que também estava fechada ).

Lá vem o bando...



Painel da Capela de S. Francisco de Assis, fotografada através do vidro. Era o que tínhamos pra hoje...

Pelo menos vimos um grupo de capivaras tomando banho de sol na beira da lagoa, o que não deixa de ser uma cena interessante...

Capivaras numa nice...
Já era hora do almoço, e fomos matar o desejo de comer aquela costelinha de porco maravilhosa do Outback (que não temos em Fortaleza). E a cebola?? Confesso que matamos a vontade que estava nos matando.
Comendo sem culpas - parte 1

Comendo sem culpas - parte 2
Depois daí nos dividimos. Nós precisávamos dar uma "geral" no carro porque já, já, vamos pegar o rojão de estradas de novo rumo às cidades históricas e ao circuito das águas.

O bichim dá valor a uma oficina... Olha a cara de felicidade!
Jaime Neto levou Maria Clara e Pedro no carro dele para um passeio mais legal que a oficina... Papai e mamãe desde ontem estão na casa da tia Hyla para uma "sessão repouso". Eles precisam recuperar a coluna por dois dias pra enfrentar a próxima etapa da viagem.

No final da tarde ainda deu pra gente dar uma chegadinha na Praça do Papa pra ver um por do sol lindo e uma vista desse Belo Horizonte que se tem aqui.


Praça do papa
Curioso, o Xuxu fez questão de conhecer também a famosa Rua do Amendoim. Já ouviram falar?? Tem um negócio que o carro anda sozinho mesmo sem estar ligado. Ilusão de ótica, magnetismo, mágica... não sabemos o que é, mas acontece mesmo. Xuxu ainda se deu ao trabalho de colocar um medidor de nível pra saber da inclinação da rua, mas mesmo assim ficou impressionado com o negócio. (Mais cedo o Jaime Neto havia estado lá com o Pedro e o resto da turma. Infelizmente nessa hora não estávamos juntos. Eu juro que eu queria ter visto a cara do menino diante do "fenômeno". Os relatos são de que ele foi resistente em acreditar naquilo. Já em casa, conversando com ele, eu perguntei: "Pedro, por que você são acreditou no que acontece na rua do Amendoim? E ele: ah, mãe, é contra as leis da Física!. O certo é que, no final do papo, ele já estava quase convencido de que aquilo acontecia, sim.)



A volta pra casa foi de muuiiito engarrafamento. Pegamos a hora do rush de BH, e isso não combina com férias.

ninguém merece...
Felizmente, amanhã teremos um dia ótimo. A programação inclui conhecer Inhotim, que todo mundo diz que é maravilhoso. Nós vamos lá conferir. Depois eu conto tudo!

Inté!


























Redescobrindo BH


Nosso paraíso em Venda Nova/BH
É na casa da Bia e do "Manel" que estamos hospedados em Belo Horizonte. Na verdade, não é uma casa, é um pedacinho do céu em plena cidade. Cercada de verde, mais parece que a gente tá num sítio.

Me senti a própria Narizinho quando vi essa jaboticabeira no pomar da Bia e do Manel!
 Só pra vocês terem uma idéia, a primeira diversão do Pedro por aqui foi alimentar as galinhas cedinho. E mesmo tendo ido dormir à uma da manhã, levantou alegre e disposto, entusiasmado com a missão!

A caminho do puleiro

O "fazendeiro" jogando milho e arroz pras galinhas
Muito bem alimentada...
E depois do "trabalho, a merecida diversão
Foto feita pelo Xuxu no "jardim secreto" da Bia
Novos amigos: Nina (grande), Neco (pequeno) e a Gó, nossa gigante!
Depois alimentar galinhas e se deliciar com as brincadeiras com a Nina e o Neco e com a Gó, nova paixão do Pedro, fomos curtir o domingão em BH. A farra começou na casa da tia Hyla, com um café da manhã com gosto de carinho. Hora de relembrar mais histórias das nossas andanças por aqui.

Café da manhã com gosto de carinho

Depois, claro, fomos à Feira de Artesanato da Afonso Pena. Como estar em BH e não ir a esse outro “paraíso”? Todo mundo se encantou com alguma coisa...



Tá ou não tá barato??


Cortejo Hare Krishna em plena Av. Afonso Pena

O meu sonho de criança quando eu vinha na feira com minha mãe...

De lá para um almoço no Mercado do Cruzeiro, onde a Lucinha e o Jota já nos esperavam pra matar a saudade. Foi bom demais revê-los.

Como antigamente...

E no fim da tarde, uma passadinha básica no BH Shopping, porque “somos pessoas normais”, segundo a Ethel. Anormal a gente ficou quando viu a Zara com mais de 50% de desconto, né, sobrinha???

O dia terminou com um delicioso caldo de mandioquinha, mais uma vez, na casa da tia Hyla. E ali, mais um reencontro maravilhoso, desta vez com a Míriam, filha da tia Hyla e minha amiga de infância. Pra completar o Pedro e a Nina, filha da Míriam, se entenderam super-bem!


Com a turma completa, hora de apresentar os integrantes dessa aventura!

Agora que já estamos com a internet ok, hora de começar as atualizações... Vou começar apresentando formalmente nossa turma, que passou por um upload desde a última viagem. Se da primeira vez tínhamos que conciliar os gostos e preferência de 5 pessoas com perfis bem diferentes, o desafio agora é maior. Somos 11, dos 8 ao 74, passando pelos difíceis anos da adolescência. Então, conheçam nosso "povo":

Francisco e Marília, meus pais. Ele, 74, ela, 70. Foram os dois que passaram para nós o gosto pelas viagens. Desde sempre gostaram de conhecer lugares novos, e sempre que possível, nos levaram junto. Por onde passam, fazem amigos. Muitos desses amigos foram herdados por nós. Vovô Chico é paciente e caladão. Vovó Marília, justamente o oposto. Sei que pra eles, encarar essa viagem é um grande desafio. É preciso, mais que boa vontade, boa coluna pra aguentar o rojão que estamos passando, com horas a fio no carro e em estradas. Até agora estão tirando de letra. "Bem durinhos", como eu ando dizendo...E deixando muito felizes a todos nós, que temos muito o que aprender com os dois.

Jaime Neto, meu irmão. 47 anos. É o rei da “paradinha básica” na estrada e onde estiver. Adora um banheiro. Quando está bem humorado, é o mais bem humorado de todos. O contrário também acontece. Mas preciso ser justa: ele tem sido um ótimo companheiro de viagem. E também tem registrado nossa aventura com muito carinho no álbum “Expedição Minasgold 2013”, no facebook dele. 

Iolanda, minha cunhada, 40 anos. Uma das advogadas mais invocadas de Fortaleza.  Acho que nunca imaginou na vida que um dia ia viver uma aventura como essa... Tem a maior preocupação em agradar todo mundo. Às vezes "pena" com essa missão...


Ethel, 16 anos. A dona da inseparável bolsinha VH (que ainda não descobri o que carrega dentro). É minha afilhada e dizem que tem o “gênio” parecido com o meu. É morta de linda e vaidosa. Adora um animal print e anda esbanjando charme por onde passa. Tá sofrendo com uma crise alérgica, mas não perde o estilo. Andava enlouquecida atrás de um shopping (desejo realizado nesse domingo), mas garante que também está curtindo muito os outros passeios.

Heitor, 13 anos. Os fones de ouvido vermelhos estão para ele assim como a bolsinha VH está para a Ethel. Dá um trabalho danado para acordar... É meio resistente com fotos e implora até pelo amor de Deus pra que a gente não o marque nas fotos do facebook. Dia desses andava meio arredio. Depois descobrimos que o Iphone dele tinha descarregado. Quando o problema se resolveu ele voltou ao normal.

Xuxu, meu companheiro de todas as horas. Grande incentivador dessas viagens de carro. Tem sido um anjo com meus pais e um apaziguador de qualquer sinal de conflito. Nessa viagem está especialmente feliz porque conseguiu convencer a Gabi, filha dele, a vir com a gente. Está sempre atento a qualquer barulho diferente no carro e ligado nas trocas de óleo!

Gabriela, 20 anos, filha do Xuxu. Como eu disse antes, pela primeira vez resolveu entrar na nossa aventura. Tá mais pra coruja que pra papagaio, mas mesmo caladona, acho que está tá gostando dessa experiência. Faz performances incríveis com o pescoço quando dorme no carro. A companhia dela é muito, muito importante para o Xuxu.
Maria Clara, 16 anos, minha filhota. Chegou atrasada na expedição porque estava no curso de férias para o vestibular.  Por conta desse “atraso”, anda  morta de carente....  A Maria já tá acostumada com nosso estilo de viagem e tem dado uma força enorme com o Pedro e os avós. Vez por outra tem uns pequenos acessos de chatice “aborrecente”, mas nada que um bom papo ou umas horas de sono não resolvam... É linda e muito, muito amada.
Esse é o Pedro, que completa 9 anos dentro de poucos dias. Por conta disso, não quer que digam que ainda tem 8. Quando na estrada, passa a maior parte do tempo dormindo, e quando acorda, pilhado, mais parece uma arara (palavras do próprio avô). É perguntador, curioso, e um óóótimo companheiro de viagem. Topa qualquer aventura e é muito perspicaz. Em muitas horas é ele quem quebra o gelo provocado pelo cansaço em todos nós.

Toby, 1 ano, o sapo de pelúcia do Pedro. Afanado do carro da vó Laisete há alguns meses, Toby já virou membro da família, quase um mascote. Acho que ele nunca na vida imaginou que seu mundo, antes restrito a uma ventosa presa ao vidro do carro, se transformaria numa vida de aventuras... Tem passeado bastante. Seus olhos brilharam quando viu a lagoa da Pampulha.
                                                                                 
Ah, e eu. Se você está lendo esse blog, certamente me conhece. Na expedição, sou a navegadora. Estou sempre de mapa e GPS na mão, calculando distâncias, indicando destinos. Tem sido assim na vida também. "Vestida com as roupas e as armas de Jorge" ando incentivando os meus a amarem o que temos de bom nesse Brasil. Nosso melhor protesto é conhece-lo para defendê-lo. E sigamos.

Enfim, esse é o meu povo. Esses são os tripulantes da nossa expedição. Cada um bem diferente do outro, mas todos unidos no desejo de fazer dessa viagem uma história inesquecível!