Experimentamos pela primeira vez um legítimo trancón
(engarrafamento) na volta da Catedral de Sal, em Zipaquirá, para Bogotá. O
percurso, que poderia ser feito em 1h e 10 minutos, se transformou em longas 2h
e meia. E estava chovendo, e o motorista pegou um caminho esquisito... Enfim,
haja conversa, piada besta, silêncio absoluto, sono, fome...
E claro que foi no meio desse ócio que descobrimos um trocadilho meio... digamos... irreverente. É que os "buses" pequenos (ônibus como as topics de Fortaleza) que alimentam as linhas do transmilênio (o sistema de BRT de Bogotá), são chamados aqui de... BUSSETAS. Aí vocês já imaginam, né? Foi só a nossa guia dizer que "existem bussetas de todas las "colores" circulando pelas ruas de Bogotá" para que o Pedro passasse a verbalizar a cada esquina que estava vendo uma "busseta". "Olha mãe, como essa busseta tá cheia!". "Pai, tá vendo aquela busseta vermelha?". "Mãe, aqui em Bogotá tem muita busseta, né?" Frases sempre acompanhadas por um sorrizinho canalha de quem está adorando poder falar essa palavra sem constrangimento nenhum.
Busseta amarela |
Busseta vermelha. (há ainda as pretas, as verdes, as coloridas... Indo para vários pontos da cidade |
Depois de ver muitas "bussetas" e falar muita besteira, chegamos ao hotel. Eram quase 4 da tarde, mortos de fome. Ninguém
queria sair pra comer por conta do frio e da chuva, e a opção foi pedir pizza pra meninada (foi a terceira
vez que a tal Monapizza salvou nossa fome). Eu, o papai e a mamãe resolvemos
experimentar um prato típico daqui, o “Ajiaco”, uma sopa feita à base de
batatas, milho, frango, alcaparras e abacate (que dispensamos, eca!). O ajiaco
é servido acompanhado com arepas quentinhas e creme de leite. Gostoso demais. E meio
“levanta defunto”, sabe? Forte demais!
Ajiaco preparado pelo Juan Carlos, dono do hotel onde estamos |
A chuva deu uma treguazinha e resolvemos (a turma
jovem) descer pra Candelária pra dar um rolé cultural. Enquanto isso, vovó e vovô embaixo dos cobertores!
Nossa intenção era, pelos menos, visitar o Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez e o Museu Botero. Só que os ignorantes
aqui entraram num centro cultural imenso, superbonito, crentes que estavam no
Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez (Só hoje descobri que estávamos no lugar errado, um quarteirão antes do real.
Enfim...). Só não ficamos "chupando o dedo" porque onde fomos havia uma homenagem bem bacana ao escritor num grande mural na parede externa. Vontade enorme de estar em Macondo!
O verdadeiro Centro Cultural, que infelizmente não pudemos entrar porque estávamos apressadíssimos! |
De lá entramos no Museu Botero, que fica num casarão lindo! (como quase tudo por aqui).
Foi muito bacana ver a reação do Pedro observando a exposição, querendo saber
por que tudo na obra dele é “gordo”. Foi dele também a iniciativa de perguntar
que datas eram aquelas que estavam ao lado das pinturas, e só assim descobrimos
que Botero ainda vive. #ignorantes2
E ele teve a preocupação de fotografar a obra que se chama
Pedrito. Achei tão bonitinho...
Depois do circuito cultural, seguimos perambulando pelas calles da Candelária descobrindo recantos lindos. Um
deles foi uma padaria, escondida atrás de uma portinha estreita mas que nos
“puxou” pra dentro dela só pelo cheiro do croissant quentinho. E assim voltamos pro hotel, levando nosso saco de pão e sem coragem pra mais nada.
Essa é a rua do nosso hotel, que fica no alto de uma ladeira imensa. Pra quem anda por ela, voltando da parte baixa, o nome passa a fazer todo o sentido... #hajafôlego |
*O bom de termos entrado no Centro Cultural errado foi encontrar essa exposição de instrumentos musicais. Super interessante!
Besos, meu povo!
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