Antes de ir à República Dominicana, procure-a no mapa. À primeira vista, não vai ser fácil identificá-la. A ilha, na América Central, é cercada de vizinhas bem mais famosas como Cuba, Jamaica e Porto Rico e faz fronteira com o Haiti, que apesar de menor, também é mais conhecido. Mas talvez seja justamente por isso que a República Dominicana nos deixe mais impressionados. É que apesar do tamanho pequenino (cerca de 10 milhões de habitantes em todo o país), ela guarda algumas das paisagens naturais mais lindas do mundo, distribuídas em 1.500 km de praias paradisíacas, e um verdadeiro tesouro histórico para a América. Nem todo mundo sabe mas foi ali onde, em 1492, o explorador Cristóvão Colombo aportou, descobrindo o chamado “Novo Mundo”.
Tais atrativos fizeram do turismo a atividade econômica que mais se desenvolveu no país nos últimos 30 anos e é hoje a principal fonte de geração de renda para a população. Atualmente a ilha recebe 4 milhões de visitantes por ano, principalmente da Europa e dos Estados Unidos. Para os brasileiros, chegar à República Dominicana ficou mais fácil há poucos meses, com a abertura de voos diretos para a capital, Santo Domingo, que saem 5 vezes por semana do Rio de Janeiro e de São Paulo. E já da janela do avião é possível perceber que a cor do mar dominicano é diferente de tudo o que temos pelas bandas de cá.
Mas não é pela praia que sugerimos que você comece seu roteiro na República Dominicana. Entregue-se primeiro à história, visitando a Ciudad Colonial de Santo Domingo, berço do nosso passado. É aqui onde estão reunidos pelo menos 200 prédios declarados Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Entre eles, a Catedral Santa Maria De La Encarnación (1540), e o hospital San Nicolas de Bari (1503), os primeiros da América, além do Alcázar Colón, palácio onde viveu Diogo, filho de Cristóvão Colombo, e o Faro de Colón, onde estariam guardados os restos mortais do navegador.
Praça Colón, onde está a primeira Catedral das Américas |
A melhor forma de fazer esse roteiro é caminhando pelas ruas de pedras e se deixando encantar pelas fachadas antigas, pelo som alegre do merengue (sempre saindo de alguma janela), pelo colorido das roupas e pelo sorriso sempre pronto dos dominicanos, conhecidos pela simpatia e hospitalidade. Sente-se num dos bares da Plaza Colón ou da Plaza de España e refresque-se com uma “Presidente” geladíssima, a cerveja mais famosa do país. Dedique pelo menos dois dias ao patrimônio histórico, se permitindo dar uma paradinha no mercado para conhecer o artesanato local, ou numa tabacaria mais próxima, onde há sempre uma demonstração de como se produz um dos charutos mais famosos do mundo (depois de Cuba, claro!).
Se coincidir de passar um domingo em Santo Domingo, reserve a noite para apreciar uma festa popular linda chamada “Bonyê”, que acontece nas ruínas do antigo Monastério de São Francisco, também no centro antigo. O local vira palco para atrações de Son, Merengue, Salsa e outros ritmos locais, e os dominicanos não se intimidam em cair no rebolado “caliente” que a música pede. A alegria concentrada ali é contagiante. Bonito de se ver e de se ouvir.
As ladeiras próximas às ruínas do antigo Monastério de São Francisco ficam lotadas nas noites de Bonyê |
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