Ao contrário do que havíamos planejado, acordamos tarde e por pouco não perdemos o café da manhã. Acho que estávamos tão leves da nossa noite “hare krishna” que dormimos profundamente. Mas foi ótimo! Aproveitamos para dar uma “geral” no Pedro, que há dois dias não tomava banho por causa do frio.
Nesse nosso último dia por aqui tínhamos ainda que conhecer São Jorge (que em um post anterior eu disse que era uma cidade vizinha, mas na verdade é um distrito de Alto Paraíso).Para chegar lá encaramos o mesmo percurso que havíamos feitos na véspera, quando fomos ao Vale da Lua, mas desta vez seguindo ainda alguns quilômetros adiante. E o pior, com a chuva a estrada ficou muito mais difícil.
Encontramos uma São Jorge lamacenta, meio "sociedade alternativa", sabem como é? Acho que tô ficando velha, porque não achei a menor graça...
A relação que dá pra fazer é mais ou menos assim: Alto Paraíso está para Jijoca, assim como São Jorge está para Jericoacoara. Assim como Jijoca, Alto Paraíso tem a infra. São Jorge é o reduto das festas, dos barzinhos, da noite pra moçada. É em São Jorge também que fica a entrada para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Resolvemos não visitá-lo porque as trilhas seriam cansativas demais para o Pedro, além da chuva estar ficando cada vez mais forte.
Fomos então seduzidos pelas piscinas quentinas de águas termais, que ficam 12km depois de São Jorge, no caminho de Colinas do Sul. Mas olhem só a condição da estrada:
Valeu à pena, porque encontramos um lindo oásis, no meio da serra, com 3 piscinas naturais com águas quentinhas, por volta de 30º. Não sei exatamente o que explica aquela temperatura, mas é uma delícia ficar lá dentro. E a gente aproveitou o quanto pode!
Interessante que, como do lado de fora era frio, a água quentinha levantava uma fumaça sobre as piscinas, dando um ar quase que de sonho. Foi muito relaxante. E tínhamos mesmo que relaxar, porque enfrentar toda aquela estrada de terra molhada na volta não seria moleza. O Xuxu se saiu super bem na direção, mas o carro ficou num estado...
Almoçamos às 5 da tarde, novamente no Jatô, com sua comida gostosa e sua conta barata. Depois, era hora de reabastecer os suprimentos para a viagem, já que amanhã pegamos a estrada em direção à Bonito-MS. Fomos ao supermercado de Alto Paraíso (não é demais?).
Ah, e agora, aos nossos biscoitos e guloseimas, incorporamos o Gergeliko, uma espécie de “Nachos” natureba, produzido aqui, feito de farinha de trigo integral, gergelim e óleo de soja. Uma delícia!
Agora, é arrumar as malas e descansar. Ainda temos 1.500km pela frente! Por isso, não desçam no meio do caminho, e continuem viajando com a gente! bjos!
Aqui começa o registro de uma grande aventura familiar. Por terra, vamos desbravar caminhos, conhecer relevos, vegetações, sotaques diferentes. Vamos descobrir o nosso Brasil que não está nos livros. No trajeto nos encantaremos com as paisagens e nos depararemos com situações difíceis. Será um exercício coletivo de resistência, tolerância, solidariedade, amor ao próximo, enfim, tudo o que deve servir de base pra o que se espera de uma família. Tudo vai ficar registrado aqui. Viaje com a gente!
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