As boas amizades a gente nunca esquece. E estando aqui em Picos, eu não poderia deixar de lembrar de uma amiga nascida aqui, que fez parte da minha adolescência, e por quem eu guardava muito carinho, a Marcinha. A gente foi por um tempo, unha e carne. Morando em Fortaleza, longe dos pais, a Marcinha foi meio que "adotada" pela minha família. Pequenininha, magrinha, agoniada como todo, mas um amor de pessoa. As circustâncias da vida nos separaram. Ela foi fazer faculdade de Odontologia em Recife, eu, Medicina em Campina Grande, e os encontros ficaram cada vez mais distantes. Mas aquela amizade ficou ali, em estado de latência no meu coração.
Quando eu disse pra minha mãe que estava aqui em Picos, ela logo perguntou: "por que você não procura a Marcinha?" A princípio eu achei que era absurdo, já que eu não tinha a menor referência sobre o que tinha acontecido na vida dela. Mas fiquei matutando... e vi na cabeceira da cama do hotel uma lista telefônica. Bem, eu pensei, será que eu acho o nome da Marcinha aqui???
Achei! Márcia Gleide Moura Rocha. Esse nome voltou na minha memória, como se eu estivesse ouvindo a chamada do colégio Christus, em 1989. Foi como se eu entrasse num túnel do tempo. O catálogo era de 2008, então havia ainda a possibilidade dela não estar mais naquele número. Mas nem titubeei. Liguei e quem atendeu foi a mãe dela. Foi bom demais!!! Em minutos a Marcinha tava no nosso hotel pra me dar um abraço.
Esse fofinho da foto é o Luigi, filhinho dela, de 6 meses. De quebra ainda reencontrei a Isabel, contemporânea de adolescência.
A noite foi maravilhosa. Muitas lembranças, muita conversa boa na melhor pizzaria de Picos. Reencontrei ainda a Rosana, irmã da Marcinha, que eu também não via há quase 20 anos.
Lição do fim do dia: a viagem já valeu à pena. Além de "descobrir o Brasil" com meu filhos, eu pude mostrar a eles o valor de uma amizade verdadeira. E o melhor: "redescobri" uma doce fase da minha vida. Valeu, Marcinha!
Aqui começa o registro de uma grande aventura familiar. Por terra, vamos desbravar caminhos, conhecer relevos, vegetações, sotaques diferentes. Vamos descobrir o nosso Brasil que não está nos livros. No trajeto nos encantaremos com as paisagens e nos depararemos com situações difíceis. Será um exercício coletivo de resistência, tolerância, solidariedade, amor ao próximo, enfim, tudo o que deve servir de base pra o que se espera de uma família. Tudo vai ficar registrado aqui. Viaje com a gente!
Ei, a pessoa aqui pode ficar com ciúme porque você falou de Picos e não me citou?! Vivi uma fase tão legal da minha infância nessa terrinha quente. Deu uma saudade e uma vontade danada de voltar aí.
ResponderExcluirFalando sério, que legal você ter reencontrado a Marcinha. Estudamos na mesma escola enquanto morávamos em Picos e também fomos vizinhas na Rua Francisco Pereira (que era conhecida como Rua do Cantinho). Lembro-me também que ela morava perto da sorveteria do Zé do Alho, uma das mais conhecidas da cidade. Será se ainda existe? Eita, que eu agora viajei no tempo!
Um beijo e ótima viagem.
Confesso que chorei ao ler este post. Está bem, confesso, estou meio sentimental demais hoje... mas realmente me emocionou o fato da possibilidade do reencontro. É algo bonito demais, e deve ser comemorado em grande estilo, como foi o seu. Que bacana que deu tudo certo, o universo conspirou e você reencontrou sua amiga. Tenha uma ainda mais feliz viagem!!!
ResponderExcluirBeijo!
P.S. Você está lendo nossos comentários???
:)
parabéns Xuxu vc's merecem curtir. muito lindas suas fotos.
ResponderExcluirraap-din Marco Aurélio.