sábado, 13 de agosto de 2011

O Descobrimento do Cariri

Desde ontem estamos em Barbalha, no Cariri, convidados por nosso compadre Adriano para conferir o Caldas Fest, festival de música promovido por ele. Quando recebemos o convite, pensei logo: essa é uma ótima oportunidade para apresentar uma das regiões que mais gosto no nosso estado para meus filhotes! Aliás, já faz parte dos nosso planos incluir uma frequência maior de viagens pelo nosso próprio estado na programação de lazer da família. É, porque o "Descobrimento do Brasil" pressupõe, claro, o descobrimento das nossas próprias raízes. Começamos, então, a por em prática esse desejo.
Desta vez, não conseguimos reunir a mesma "equipe" da grande viagem ao Mato Grosso do sul. Na verdade, a tripulação veio bem reduzida: apenas eu, Xuxu e Pedro (que ainda tá na fase do topa tudo!).
O trajeto de vinda incluiu aquela paradinha básica no Triângulo de Quixadá, para o café da manhã, a linda vista dos Monólitos de Quixadá...


...e uma sessão de fotos na parede do Açude de Banabuiú (maravilhoso)!




Enfim, chegamos à Barbalha, 8 horas após a nossa saída de Fortaleza, e a viagem já "se pagou" só em ver a carinha do Pedro diante de tantas possibilidades de brincadeiras, diante do verde, do cheiro de mato que sentimos no Caldas, onde ficamos hospedados. Ele andava e dizia: "Mãe, eu tô amando, amando esse lugar!"
Em determinado momento, soltou essa: "mãe, tá ficando cada vez melhor." E eu perguntei: o quê, filho? A resposta foi a mais linda: "O mundo, mãe!".
(É, filho, enxergar e fazer um mundo melhor depende mesmo do nosso ponto de vista...)

Xuxu se arriscou nas águas hipotermais do Caldas(que de morninhas não têm nada!)




Mas foi à noite que tivemos nossa maior surpresa: o frio grande! Imaginávamos que seria aquela coisinha tipo Guaramiranga, mas que nada! Acho que experimentamos uns 14ºC. E como as apresentações do Caldas Fest acontecem ao ar livre, o jeito foi se aninhar uns nos outros, pra sentir o verdadeiro calor humano.



Hoje pela manhã foi a vez de seguir até Nova Olinda. Levamos Pedro para conhecer o atelier do seu Expedito Celeiro. A casinha pequena, cheia de retalhos de couro colorido, sandálias, bolsas, chapéus, estava lotada de gringos, enlouquecidos por aquelas peças. O trabalho do mestre que deu cores ao couro encantou nosso menino também.



E eu realizei meu sonho de consumo pink!


Em seguida fomos à Fundação Casa Grande, essa casa azul cor do céu, que se destaca na paisagem de Nova Olinda. Azul que dá vontade de comer!


O trabalho desenvolvido aqui é sensacional. Vem mudando a vida de crianças daqui há quase 20 anos com formação em artes e comunicação. Na casa fomos recebidos pelo Augusto, um simpático guia de 11 anos.



Andar pelo Cariri me traz sentimentos muito especiais. Entre eles, as doces lembranças das andanças por essas bandas ao lado de companhias maravilhosas como Ronaldo Salgado, Neno e Tadeu Feitosa, Bel, Madeirinha e Cris, e meus colegas de faculdade. Me faz lembrar também de um dos amigos mais queridos que já tive, o Lúcio, que amava esse lugar e fez da casa dele, junto com a Rozi, uma "sucursal" caririense. Esse lugar me faz sentir fé, esperança, amor pela nossa cultura, pela nossa paisagem. Me inspira e me faz sentir viva. É bom sentir isso, né?

Nossos planos de amanhã incluem uma chegadinha a Exu, para conhecer o Museu Luiz Gonzaga. E, claro, a subida ao horto de Padre Cícero, em Juazeiro, onde o Pedro vai pedir as bençãos ao Padim.
Estou muito feliz com esse passeio! Inté!

Um comentário:

  1. Amiga, adorei a fotenhas. kkkkkkkkkkkk Que viagem legal! Foi muito bom ter falado com vocês hoje também.Lendo teus textos e vendo as fotos do Xuxu dá muita vontade de encarar a estrada e seguir vocês. Falando em foto, que linda a foto que você está com o Pedro no frio de 14ºC. Boa viagem. Amo vocês, KK

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