terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Lições da natureza

Além de admirar tanta coisa linda no Pantanal e em Bonito, também aprendemos muito sobre o "funcionamento" da natureza. Por exemplo: você sabia que as araras são monogâmicas e depois de acasalar com um parceiro vivem o resto da vida com ele? Bárbaro, não? Aprendemos também que existem corujas de hábitos diurnos, como as Buraqueiras, chamadas assim porque cavam as tocas no chão para se abrigar.


Fomos informados que existem 4 tipos de piranhas no Brasil. 3 delas são comuns no Pantanal. As piranhas têm dentes afiadíssimos e podem morder dezenas de vezes em questão de segundos. Pequeninas, mas verdadeiras feras.


Apesar de vorazes, as piranhas são fonte de alimento para quem vive aqui. Rendem um ótimo caldo. O Xuxu provou!
As emas também são importantíssimas! Como são muito gulosas, se alimentam de praticamente tudo, inclusive escorpiões, baratas, cobras. Tê-las por perto da sede da fazenda é uma verdadeira dedetização natural.


O tuiuiú, árvore símbolo do Pantanal, é a maior ave voadora do mundo. A envergadura de suas asas pode chegar a mais de 2 metros. Podemos diferenciar um animal adulto de um jovem pelo "colar vermelho" no pescoço, que só se forma na fase adulta. O Tuca, por exemplo, morador da fazenda, ainda não tem o colar. É um menino! Outro sinal da mocidade é a penugem branca na cabeça que desaparecerá quando ele "crescer".


Os jacarés vivem por volta de 60 anos. Transpiram pela boca e ficam com ela muito tempo aberta para manter a temperatura do corpo. Adoram comer capivaras e aves indefesas que dão sopa na beira dos rios.
E os carcarás! Nada de "pega, mata e come", como diz a música. Eles são a vergonha da classe dos gaviões. Preguiçosos, não gostam de caçar e sim comer o que já tá ali, mortinho da silva.

E se você pensa que um cupinzeiro só serve pra detonar seus móveis, se engana. Eles são fundamentais para a alimentação dos tamanduás. Nos grandes pastos podemos ver aqueles montinhos de terra. São eles!


Em muitas terras, os fazendeiros mandam exterminar os cupinzeiros, porque eles destróem a braquiária, tipo de grama que alimenta o gado. Sem cupim, os tamanduás vão procurar comida em outro lugar, e muitos acabam sendo atropelados nas estradas. Nós mesmos presenciamos vários animais mortos nos acostamentos. Os tamanduás são quase cegos e praticamente não escutam. Seu maior sentido é o olfato, que não serve pra ele se defender do "bicho carro", né?
Enfim, essas são apenas algumas das informações que aprendi junto com os meninos nessa viagem. Servirão para respeitarmos mais a natureza e entendermos que tudo foi perfeitamente arquitetado por Deus e tem o seu porquê para existir. Até as muriçocas do Pantanal, que alimentam muitos sapinhos por aqui!

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