domingo, 7 de dezembro de 2014

Nosso último dia em Bogotá (e a exposição que por pouco não nos enlouquece)


Só uma coisinha antes de falar do nosso último dia em Bogotá. Fomos presenteados com uma lua cheia linda, vocês viram daqui? O diferente em Bogotá é que ela chegou como a cereja do bolo pra deixar ainda mais bonito o Cerro Monserrate iluminado para o Natal. Enfim, foi uma noite cheia de brilho, emocionante.

Com nossa câmera esta impossível fazer uma foto que realmente revelasse o que estávamos vendo. Mas fiz essa aí, só pra vcs terem ideia. Na nossa lembrança ela vai ficar nítida e inesquecível.

Agora sim, conto como foi nosso último dia em Bogotá. Os planos eram de ir conhecer pela manhã o Parque Simon Bolívar, uma enorme área verde que está para os bogotanos como o Central Park está para os novaiorquinos. Mas a chuva, mesmo que fina, insiste em cair por aqui. Será que a Colômbia chora pela nossa partida? (hahahaha clichê, né?). :D

Diante da impossibilidade de ir pro parque na chuva, resolvemos antecipar o que faríamos à tarde: ir à ExpoArtezanias, uma grande feira realizada do Corferias (Centro de Eventos de Bogotá) que estaria expondo os mais variados tipos de arte típicos da Colômbia. O local era coberto, e estaríamos otimizando nosso tempo. Quem sabe o sol abria e iríamos à tarde pro parque? Era uma opção.

Mas olha....o que tinha pra ser visto na ExpoArtezanias era muito mais do que poderíamos ver nesses 7 dias que passamos por aqui. Pavilhões que mostravam desde a tradição culinária, passando pelos 
metais, os fios, as tradições indígenas, até o mais arrojado design desenvolvido no país. Uma loucura!

Isso sem falar da "aula" que tivemos sobre os povos indígenas colombianos. Havia representantes das mais diversas etnias, muitas fazendo ali, pra gente ver, um exemplar tradicional da sua cultura. Gente, nem consigo descrever....








E foi difícil escolher o que ver, o que comprar, queríamos simplesmente tudo (e quem conhece a minha casa deve imaginar como me senti. Cada peça artesanal mais linda que a outra). Quando menos esperamos, cadê dinheiro?? Sim, tínhamos estourado nossos pesos colombianos, não havia casa de câmbio no local e, de repente, lá estávamos nós fazendo a vaquinha entre todos pra ver se dava pelo menos pra pagar o táxi de volta. Ô situação!

E o pior, a cada passo descobríamos novos stands, com coisas ainda mais lindas. E cadê dinheiro, minha gente???? Passa a "tarjeta", pelamordedeus! Era um misto de graça e dor, porque sabíamos que talvez fosse uma oportunidade única de ver num só canto tanta coisa diferente reunida (a expoartezanias começou na véspera de irmos embora e segue até o dia 18). 



E nessa brincadeira compramos desde um tambor indígena pro Xuxu, um apito que imita o som dos pássaros pra o Pedro (mal sabíamos nós que ele encheria o saco de tanto apitar, e já estávamos quase odiando passarinhos...), um banco para nosso jardim, bolsa... (e eu, que detesto shoppings e adoro artesanatos, me vi frustrada por não poder trazer tudo o que gostaria).


Voltamos pro hotel já mais de 4 da tarde, sabendo que às sete teríamos que sair para o aeroporto. O tempo era curto pra conseguir arrumar lugar na bagagem pra tanta coisa, fazer o check-out, tirar as últimas fotos que queríamos. E mesmo nessa pressa, eu e o Xuxu ainda tivemos que descer à Candelária pra trocar um dinheiro e conseguir pagar o consumo no hotel e a corrida de táxi para o aeroporto. E como já estávamos lá embaixo mesmo, por que não dar uma paradinho num supermercado pra comprar umas "obleas" pra comer no Brasil? E o ponteiro do relógio passando. E o Xuxu começou a ter febre, e a gente não conseguia um táxi pra voltar pro hotel mais rápido. O jeito foi voltar caminhando, pela tal rua do Calvário, pagando nossos pecados ladeira acima.

A chegada no hotel foi bem corrida. Como conciliar o cansaço com a necessidade de arrumar tudo. E no meio da grande confusão que se tornou o nosso quarto (agora o único para todos, porque tivemos que pagar um late check-out e concentramos tudo num só apartamento) descobri que desde que voltamos de Cartagena o Pedro ainda não tinha trocado a cueca! Tomava banho e vestia a mesma.  E tomava banho e vestia a mesma. E assim foi por 4 dias, até eu perceber que a box amarela já estava quase dura. Me senti meio mãe desnaturada....



Sucursal do Caos. Nosso quarto horas antes da viagem de volta.
Conseguimos arrumar tudo a tempo e saímos rumo ao aeroporto, levando no meio de toda aquela bagagem um sentimento de gratidão imenso à Colômbia, a todas as pessoas que nos respondiam com um sorriso no rosto um "con mucho gusto"ou um "que estés bien". A viagem foi perfeita. Tudo o que vimos, mesmo as coisas ruins, como a pobreza que assim como no Brasil ainda afeta a Colômbia, vão nos deixar lembranças importantes. 

Ricardo Bola, valeu a dica. Xuxu, meu amor, obrigada por ter embarcado nessa ideia comigo. Meus filhos, estou muito orgulhosa de vocês, pelo comportamento, pela sensibilidade. Pai e mãe, esta entra como mais uma na "carteira de viagens" de vocês. Espero que tenham desfrutado desse "destino exótico" e que tenham aprovado a minha escolha.

VALEU COLÔMBIA! HASTA LA VISTA!!!!

 



Um comentário:

  1. Pedro e as suas pedrices!!!! Os indios dos paises onde estiveram os incas tem uma cultura muito mais forte do que os nossos. O clima deve ter influenciado tambem. O que voce acha? Bjs

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