terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Quase deu zebra!

Carro revisado mais uma vez. Estamos de volta à estrada, desta vez a caminho de casa.


Nosso primeiro projeto era cruzar o sudeste e subir pelo litoral. Diante de tantas notícias de enchentes, desmoronamentos, estradas interditadas, resolvemos reavaliar e decidimos voltar por um caminho muito parecido com o que viemos. Questão de segurança, economia e cansaço, também! Aliás, o cansaço está estampado até na cara dos tripulantes mais jovens...


Por isso, o grande desafio é tentar tornar a viagem de volta tão interessante quanto à de ida. Se o caminho fosse outro, isso seria mais fácil. Como não é... tentamos nos ocupar prestando atenção em outros detalhes. Vejam então as fotos abaixo. São sapatos de mãe e filha, que estavam almoçando em um posto de gasolina na beira da estrada, em Camapuã, no Mato Grosso do Sul.


Eram, ou não, uma atração e tanto?(rsrsrsr)
Depois do almoço, não sei por que, os meninos falavam que nem araras no carro. E eu, com uma dorzinha de cabeça besta... Ainda bem que resolveram assistir a um filme e se calaram por quase 2 horas.
Foi quando começou a nossa tensão. Às 3:20 da tarde, o dia se fez noite, num grande temporal. Durante 15 minutos quase intermináveis, tivemos essa paisagem na nossa frente:


O Pedro, na maior naturalidade, olhou para o lado e disse: "Que irado, tá chovendo lá fora e a gente tá vendo filme!". Simples assim.
Finalmente a chuva passou, e vimos um céu dividido, impressionante...


Pudemos voltar a nos encantar com uma estrada verde, que até nos faz relaxar...


Quando faltavam 91km para chegarmos a Rio Verde de Goiás, onde iríamos pernoitar, pegamos uma entrada errada. Até descobrir que estávamos em outro caminho, já havíamos rodado 47km. Tivemos que voltar. Ou seja, rodamos 94km em vão. Mais do que andaríamos se tivéssemos seguido na estrada certa. Mas a zebra não parava aí. O tanque de combustível do carro já tava bem pertinho da reserva. Encontramos enfim um posto e encostamos. Aí, vem o frentista e diz: "Tem diesel não, moço". E o Xuxu: "E tem algum posto aqui perto?". "Só em Rio Verrrde, senhor" (com o R bem carregado). Detalhe: Rio Verde ainda estava a 70km de nós. Não tinha jeito. Era preciso arriscar. Atrasados, com pouco combustível e numa estrada, ó...


Era buraco que não acabava mais... Uma tensão... E a Maria Clara, não sei por que, resolveu soltar a matraca numa simpatia nunca antes vista! Ela cantou em português, falou todas as frases que sabia em inglês, pediu pra Bia ensiná-la a falar japonês... Como se nada tivesse acontecendo ali fora. Aí não deu. Eu tive que soltar um "Cala a boca, Maria Clara, por favor!" O Pedro, pra implicar, abriu o falatório também. Crente que era um GPS... Ai minha cabeça!
Pela primeira vez chegamos a um destino com o céu escuro. Estressados que só!
Mas estamos aqui, inteiros, bem instalados e nos preparando para mais um dia de estrada. Ainda temos 2.700km pela frente.
Por favor, não nos abandonem nessa reta final!

3 comentários:

  1. kakakakaka
    devia ter trazido um sapato daquels pra tia DI hahahah.
    Voltem logo!
    bjs

    ResponderExcluir
  2. tudo muito legal galera, mais uma vez PARABÉNS ....
    eu sempre digo q viajar é muito bom, mas voltar e ter o q contar também é muito legal... curtam também esse momento, o cansaço do retorno, a rebordosa da viagem....
    obrigado cinthia e xuxu por ter proporcionado tudo isso p minha maricota, acredito q conhecer tantas coisas interessantes, mostre a ela a beleza da simplicidade e do natural....
    venham em paz e saibam q existem muitas pessoas aguardando o retorno de vcs com amor e carinho...

    ResponderExcluir
  3. querida Cinthia, parabens pela viagem! Tenho viajado com vcs, mas um pouco mais "calada". Estou impressionada com as paisagens e com seus textos! :) 1000 bjos!

    ResponderExcluir